Oftalmologia
Bloco de Esquerda pede investigação ao Ministério Público
A transferência de operações
para a Covilhã ainda dá que falar. O Bloco de Esquerda quer por
isso, apurar a verdade.
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Céu Lourenço
NC/Urbi et Orbi
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O Bloco de Esquerda de Castelo Branco divulgou, na terça feira, 28, a sua
posição sobre a transferência das cirurgias oftalmológicas
do Hospital Amato Lusitano, para o Centro Hospitalar da Cova da Beira.
Paula Nogueira do BE refere que se trata de "um problema de infecção"
só que "qualquer técnico de saúde habituado a lidar
com estas matérias, dir-nos-à com a maior das naturalidades, que
o argumento do elevado número de infecções cai pela base."
E explica porquê. "Ao longo desta semana a administração
do HAL e o serviço de oftalmologia, não conseguiram provar, nem
clínica, nem técnicamente, a razão da transferência
do equipamento e das cirurgias oftalmológicas para o CHCB". Para o
BE, "se o bloco operatório não está em condições
de operar em oftalmologia, não pode estar pronto para intervir em nenhuma
outra especialidade".Paula Nogueira chama à atenção
para o facto de todos os hospitais, terem uma comissão de infecção
hospitalar "sendo esta a quem cabe averiguar este tipo de matérias
e resolver o problema." Se não tiver essa competência "deverá
chamar as entidades competentes na área da infecciologia". O BE não
compreende porque é que "um director de serviço sem nenhuma
base técnica clínica defina unilateralmente sem ter na mão
nenhum papel que diga que não podem ser feitas ali operações
oftalmológicas". Relativamente às listas de espera, Paula Nogueira
questiona a quem é que isso interessa, "sabendo-se que o director
de oftalmologia é simultaneamente sócio de uma clínica que
vai abrir e que se vai dedicar entre outras coisas, a fazer cirurgias oftalmológicas."
A concluir, Paula Nogueira, anuncia que "o BE deu entrada na segunda-feira,
no Ministério Público, uma denúncia dando conta de todo este
processo,
pedindo que esta matéria fosse investigada".
Deputados socialistas questionam Assembleia da República
Também os deputados socialistas eleitos pelo círculo de Castelo
Branco, (José Sócrates, Fernando Serrasqueiro e Cristina Granada)
já apresentaram um requerimento na Assembleia da República no qual
questionam a transferência de cirurgias oftalmológicas do Amato Lusitano
para o Centro Hospitalar da Cova da Beira. Os deputados pretendem saber quem autorizou
a transferência, durante quanto tempo se irá manter, quem é
que paga as deslocações de Castelo Branco para a Covilhã
dos doentes a operar e se existe algum relatório que comprove as deficiências
do bloco operatório no Amato Lusitano. Para além disso, os deputados
perguntam se o Ministério da Saúde estará em condições
de assegurar o regresso do serviço ao Amato Lusitano e querem saber onde
se poderão realizar intervenções cirúrgicas oftalmológicas,
"sabendo-se que não é possível, a curto prazo, construir
um bloco operatório novo".
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