Ana Maria Fonseca


Três anos de aventuras



Festejam-se nesta edição três anos de lutas e concretizações repetidas todas as semanas.
Durante dois anos, primeiro ainda como aluna e depois como chefe de redacção, fiz dessas lutas e concretizações objectos pessoais.
Foi com o Urbi que dei os primeiros passos no jornalismo, mas também no mundo virtual e, mais importante que isso, foi ele que me abriu os olhos para as infinitas potencialidades da Universidade, da cidade, da região e das pessoas que as preenchem.
Acho que foi esta a mais interessante descoberta que fiz ao longo do tempo em que as segundas feiras marcavam a minha semana, para que terça feira de manhã, em todos os ecrãs aparecesse um jornal cheio de notícias frescas.
As pessoas, as situações, os locais, estiveram sempre ali, mas foi com o Urbi que lhes descobri o conteúdo, os projectos e as palavras.
O Urbi foi e será, essencialmente um laboratório, o meio indispensável onde os alunos escrevem as primeiras notícias, fazem os primeiros contactos, começam a perceber onde acaba o sonho e começa a realidade do jornalismo. É um laboratório real, porque é um jornal sério e a sério, onde há responsabilidades e horários a cumprir. E onde se geram e se concretizam ideias, com uma liberdade criativa que se calhar não voltaremos a experimentar.
Para mim, foi muito mais que um laboratório do curso, foi com ele que concretizei o sonho antigo de ser jornalista e que me permitiu continuar sempre a aprender e a conhecer mais.
Foi por causa do Urbi e em nome dele que vivi tantas aventuras, à procura de factos, de novidades, de histórias interessantes para contar. Cada passo que fui dando durante esse período está documentado e arrumado num arquivo que só guarda o essencial para quem lê mas que tem, para mim, muitos mais parêntesis, notas e alíneas.
Ao longo de muitos meses fui imprimindo nas páginas virtuais de um jornal diferente, que sai da UBI, essa grande escola geradora de conhecimento, para o mundo, essa grande balbúrdia de factos e dúvidas, os factos e dúvidas particulares de uma região afastada, longe tantas vezes dessa balbúrdia, mas tão cheia de potencialidades.
Quando me entregaram a responsabilidade de coordenar este meio tão interessante de fazer e dar notícias, aceitei sem hesitar, embora crescesse o nervoso miudinho de só ter dúvidas. Nessa altura o Urbi já estava moldado e consolidado pelos seus impulsionadores e criadores e também pela dedicação incansável de duas excelentes chefes de redacção que o coordenaram antes de mim. Depois foi a hora de passar o testemunho que não podia ter sido melhor entregue.
Que o Urbi continue a crescer e que continue a ser tão interessante para os seus leitores e colaboradores como foi para mim.
Parabéns ao Urbi, aos seus fundadores e a todos os seus leitores e colaboradores.