Nini tenta levar a melhor sobre Valente
Ficha
do Jogo
Campo
de Jogos Estádio José Santos Pinto
(Covilhã)
(02-02-2003)
Árbitro: Francisco Ferreira
(Viana do Castelo)
Auxiliares: Amândio Ribeiro e Marcílio Pinto
Sp. Covilhã- 1
Celso, Rui Morais,João Carlos (cap.), Edgar, Nii Amo, Pinheiro,
Piguita, Mauro, Nini, Ankioofna, Trindade (45), André Cunha, Hermes
(55), Paquito
Treinador: João Cavaleiro
Rio Ave- 2
Candeias, Niquinha, Peu, Franco, Valente, Miguelito, Mérciom (77),
Mozer, Vandinho, Evandro, Sion, Jacques (66), Gama (cap.), Alexandre (90).
Treinador: Carlos Brito
Ao Intervalo: 0-0
Marcadores: Gama (64), Hermes (89), Jacques (90).
Disciplina: cartão
amarelo a Mozer (32), Nini (55), Piguita (57), Hermes (75), Trindade (77),
e Mércio (78).
Figura do jogo: Rui Morais
Ele joga à defesa, ao ataque, passa, cruza,
corre e desarma. No último domingo voltou a fazer tudo isso, mas
de pouco adiantou. O resto da equipa não se deixou contagiar pelo
seu entusiasmo e somou a oitava derrota da temporada.
O único jogador que parece conservar a garra e o empenho que a
equipa demonstrou durante toda a primeira volta.
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Quarta derrota consecutiva
Rio Ave gela Santos Pinto
Numa partida pobre, o Covilhã esteve
à beira de pontuar pela primeira vez em 2003, mas duas desatenções
fatais da defesa deram a vitória ao Rio Ave. No próximo domingo,
9, os leões vão tentar vingar o desaire da primeira volta frente
ao Marco.
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Alexandre Silva
NC/Urbi et Orbi
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Ainda não foi desta que o Sporting da Covilhã
se estreou a pontuar no ano de 2003. Na recepção ao Rio Ave, os
pupilos de João Cavaleiro somaram a quarta derrota consecutiva (1-2) e
desceram mais uma posição na tabela. Um resultado que, mais uma
vez não espelha o que se passou em campo. Pelo que as duas formações
fizeram dentro das quatro linhas, o mais ajustado seria, como aliás reconheceu
Carlos Brito, técnico dos nortenhos, o empate. Mas no futebol, já
se sabe, ganha quem marca mais. E, nisso, o Rio Ave foi exemplar, ao aproveitar
dois erros defensivos que demonstraram uma ingenuidade pouco comum do sector mais
recuado dos serranos.
Dos primeiros 45 minutos pouco há a dizer. As duas formações
equilibraram-se e, se o Covilhã conseguiu ter alguma supremacia, a verdade
é que a ocasião mais flagrante de golo foi protagonizada pelo Rio
Ave quando, aos 20 minutos, Gama remata cruzado ao lado do poste da baliza de
Celso. Na ponta final da primeira metade o Covilhã toma as rédeas
do encontro e instala-se no meio campo adversário sem, contudo, conseguir
criar verdadeiro perigo para as malhas de Candeias.
Ao intervalo, João Cavaleiro deixa ficar nos balneários Ankyofna
e lança Trindade no meio-campo. Mas a mudança acabou por não
trazer nada de novo à equipa e foi mesmo o Rio Ave que, com uma entrada
de "leão" na segunda metade, quase marca. Primeiro é Sion
que atira ao lado e, logo de seguida é Evandro que, em boa posição
para abrir o activo, se deixa desarmar por Edgar.
Cavaleiro decide, então, refrescar o ataque e lança Hermes para
o lugar de André Cunha. Uma alteração que deu frutos quase
imediatos. O brasileiro entrou muito bem no jogo e conseguiu passar ao lado do
nervosismo que afectava toda a equipa. Aliás, o primeiro remate verdadeiramente
perigoso do Covilhã saiu dos seus pés: um petardo de fora da área
que obrigou Candeias a sacudir para canto. Na sequência deste, Mauro quase
marca, mas o remate, com o guardião já batido, é interceptado
por um central A equipa serrana comessou a acreditar que podia chegar ao golo
e começa a pressionar com mais eficácia a turma forasteira. O Covilhã
atravessava a sua melhor fase e começava a justificar a vantagem. Mas a
sorte nada quis com os "leões" no domingo, 2, e, num contra-ataque
ráido e prático, o Rio Ave marca. Uma falha defensiva infantil,
que deixou Gama isolado com tempo para parar, sentar Celso e atirar a contar.
Estavam decorridos 65 minutos e João Cavaleiro arrisca tudo e lança
Nii Amo para o lugar do central Edgar. O estremo veio dar mais dinamismo e velocidade
ao ataque e podia mesmo ter aberto o activo não fosse, mais uma vez, a
intervenção providencia de Candeias, em tarde verdadeiramente inspirada.
O Covilhã atacava sem dar tréguas e o golo do empate acabaria mesmo
por sugir. Em cima dos 90 minutos Nii Amo escapa pelo flanco esquerdo, já
em esforço cruza para o segundo poste onde João Carlos amortece
para um remate espectacular de Hermes. Mas a alegria dos serranos durou apenas
dois minutos. Numa altura em que o Covilhã controlava e parecia até
ter forças para chegar à vitória, o Rio Ave despeja um balde
de água fria nas bancadas do Santos Pinto. Perante a apatia da defesa,
que ficou a pedir fora-de-jogo, Jaques isola-se e, só com Celso pela frente,
converte sem dificuldade. Uma ingenuidade da defesa local que custou a quarta
derrota consecutiva aos covilhanenses.
A arbitragem de Francisco Ferreira foi algo irregular. O árbitro minhoto
nem sempre apitou bem e, ainda na primeira parte, perdoou uma grande penalidade
ao Rio Ave: Sandro interceptou um cruzamento de Piguita com as mãos dentro
da área. E se Francisco Ferreira pode dizer que não estava bem posicionado
para ajuizar correctamente, o mesmo não pode dizer o seu auxiliar que,
apesar da falta evidente, apontou para a marcação de canto.
Na próxima jornada os serranos deslocam-se a Marco de Canavezes, a única
formação que, durante a primeira volta, levou os três pontos
do Santos Pinto.
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