Foi lançada a primeira pedra para a construção
de dois blocos de habitação social no Bairro da Biquinha. São
24 casas destinadas aos trabalhadores mais carenciados da Câmara Municipal
da Covilhã e Serviços Municipalizados de Água e Saneamento
(SMAS). Alfredo Marques presidente dos Serviços Sociais e Culturais dos Trabalhadores
do Município considera tratar-se de um "desejo de há muitos anos".
O presidente dos Serviços Sociais sublinha que este tipo de habitação
"é uma necessidade". Os 24 fogos estão avaliados em um milhão
e 300 mil contos. O terreno foi cedido pela autarquia, o que vai permitir que as
habitações sejam adquiridas a preços mais acessíveis.
Alfredo Marques explica que "as casas terão gás canalizado, garagens
e acabamentos de qualidade". As chaves serão entregues no início
do próximo ano.
Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã tenciona lançar
mais dois grupos de 24 casas, até 2005, para o mesmo efeito. O autarca considera
que "ao contrário do que se pensa, a maioria dos funcionários
públicos são mal remunerados, daí a importância desta
ajuda".
À semelhança do que aconteceu com a cantina, a autarquia está
também a ajudar na construção de um edifício junto aos
SMAS que visa albergar um infantário destinado aos filhos dos trabalhadores
da câmara e dos SMAS. A obra está quase concluída. Segundo o
presidente dos Serviços Sociais "apenas falta a parte interior, os equipamentos
e o pessoal". O novo infantário terá capacidade para cem crianças
e será inaugurado até ao final do ano. O espaço albergará
ainda um posto médico, uma sala convívio, uma sala de formação
para os trabalhadores e a parte administrativa dos Serviços Sociais.
O presidente da edilidade aproveitou o início das obras de habitação
social, no passado sábado 8, para visitar o Bairro do Património junto
à Biquinha. Os moradores pediram ajuda à autarquia para melhorarem
as casas em que habitam. Helena Lucas, uma das residentes lamenta "as condições
precárias" em que vive. Afirma que a sua casa tem "infiltrações
de água constantes" à semelhança do que acontece com quase
todos os moradores deste bairro, que em tempo pertenceu à diocese da Guarda.
Carlos Pinto prometeu ajudar e afirmou que "a autarquia vai fazer algumas intervenções
nas casas para resolver os problemas existentes". O autarca lembrou ainda que
naquela zona serão entregues 12 novas habitações no próximo
mês de Outubro.
EDP pode ser posta em tribunal
A falta de iluminação pública foi uma das principais críticas
feitas pelos moradores do Bairro da Biquinha. O presidente da autarquia atribui
as culpas à EDP e acusa a empresa de "não cumprir com as suas
obrigações".
Pinto admite estar disposto a fazer tudo o que estiver ao alcance da edilidade
para pôr fim à situação. Uma das hipóteses levantadas
pelo autarca é "pôr a EDP em tribunal". O edil assegura
que a empresa pode ser "responsabilizada por negligência pública"
em determinados locais e acrescenta que "a iluminação tem que
ser modernizada e a resposta não pode ser de meses, mas sim de semanas
ou até dias".
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