Apresentar à sociedade as principais obras que contribuíram para
o desenvolvimento de Portugal é o objectivo da exposição
de fotografias do livro "100 Obras de Engenharia Civil do Século XX".
A mostra patente na sala de Exposições do Edifícios das Ciências
da Engenharia da UBI contem fotografias de pontes, barragens, caminhos-de-ferro,
edifícios, obras marítimas e portuárias. A Barragem do Cabril
em Castelo Branco e a Barragem da Lagoa Comprida no Parque Natural da Serra da
Estrela são as duas obras representativas da Beira Interior.
A mostra que pode ser vista até 14 de Março, foi inaugurada no passado
sábado, 1, numa cerimónia que contou com a presença do Bastonário
da Ordem dos Engenheiros, Francisco Sousa Soares. O responsável aproveitou
a ocasião para apelar a uma maior complementaridade entre a Universidade
da Beira Interior e os Institutos Politécnicos de Castelo Branco e da Guarda
no domínio das engenharias.
"Não há meios financeiros para investir em todo o lado",
refere acrescentando que as três instituições em causa não
podem competir entre si. Uma das hipóteses avançadas pelo bastonário
consiste no facto da UBI passar a controlar o que se lecciona nos Institutos Politécnicos
"sem prejuízo destes continuarem o ensino de bacharelato de Engenharia
Civil".
O Bastonário reconhece o investimento feito ao nível da Engenharia
Civil na Universidade da Beira Interior nos últimos cinco anos e defende
a continuação desse investimento.
Santos Silva, reitor da UBI, não concorda com a abertura de cursos com
"designações idênticas" a poucos quilómetros
de distância. Face ao aumento do número de vagas quer no ensino público
quer no privado que supera o número de candidatos, Santos Silva defende
a necessidade de "reordenar o sistema". Uma tarefa que segundo o reitor,
compete ao Governo.
O Bastonário da Ordem dos Engenheiros apoia a Universidade da Beira Interior
na criação do Curso de Arquitectura. Uma área que deve estar
relacionada com a Engenharia Civil.
Aviso às autarquias
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Francisco Sousa Soares deixou, na sua passagem pela Covilhã,
um aviso às autarquias de todo o País. "Não
é possível um engenheiro dar a sua assinatura a um
projecto ou a uma direcção de obra, sem nunca ter
visitado a obra ou sem intervir no projecto", salienta.
A Ordem dos Engenheiros aplicou no último ano seis penas
disciplinares, tendo uma delas consistido na suspensão por
um ano. "Vamos ser implacáveis quando verificarmos que
existem assinaturas de favor", sublinha. A Ordem está
preocupada com a existência de "engenharia de má
qualidade no País". Para que estas situações
sejam evitadas, o Bastonário defende que "a parceria
com as autarquias é fundamental" e pediu às mesmas
uma cultura de exigência.
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