Os socialistas reclamam, para além da aplicação
de medidas sociais, a implementação de medidas económicas
no Interior
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Beira Interior
Socialistas querem mais fiscalização
às empresas
Os deputados socialistas dos distritos da
Guarda e Castelo Branco querem que o Governo proceda a uma maior fiscalização
às empresas da Beira Interior. E assim averigue alguns processos de falência
dos últimos meses.
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João Alves
NC/Urbi et Orbi
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Os deputados socialistas eleitos por Castelo Branco
e Guarda criticaram no sábado, 25, a política de "omissão
e silêncio" do Governo em relação aos problemas de desemprego
que têm afectado os dois distritos nos últimos meses.
Os deputados visitaram os dois distritos, reunindo na Guarda e em Belmonte, com
o objectivo de identificar as linhas de acção do PS para fazer face
aos problemas. E uma das acções a levar a cabo é "pedir
explicações ao Governo sobre a fiscalização às
empresas que fecharam" explica o deputado da Guarda, Pina Moura, ex-ministro
da Economia. Para além disso, Pina Moura também pede explicações
ao Governo acerca das linhas a levar a cabo em termos sociais, sobretudo sobre o
Plano de Intervenção apresentado há meses atrás por
Bagão Félix, no Fundão, que segundo os socialistas, "tanto
quanto sabemos só está no papel". O deputado da Guarda salienta
que um quarto da população activa dos dois distritos passou para o
desemprego "em pouco tempo", e que o que se verificou foi "uma espécie
de colapso que não encontra explicação na situação
económica".
Os socialistas dizem que o actual Governo quis alterar a política de proximidade
"sem alternativas", dando às pessoas "o caos e o vazio".
"É isso que o Govreno tem oferecido. Três mil postos de trabalho
desapareceram, a actividade comercial está em recessão e isto perante
uma completa insensibilidade. É lamentável que, ao fim de 10 meses
de Governo, o ministro da Economia, Carlos Tavares, ainda não tenha vindo
à região informar-se da realidade" afirma Pina Moura. Por isso,
o PS alerta para a necessidade de se tomarem medidas e levar a cabo três planos
de acção: política de proximidade, fiscalização
e aplicação de medidas de carácter económico. "É
preciso agir depressa. Não seria assim se Carlos Tavares nos tivesse ouvido.
Estamos perante uma completa inconsciência socialista" afirma Pina Moura.
Já José Sócrates afirma que o problema económico do
distrito exige o acompanhamento do Governo e que os socialistas não vão
"permitir que vire as costas ao Interior. Não houve ainda investimentos
e estamos perante uma ausência de Governo que é escandalosa".
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