Segundo Ana Manso, a Guarda, enquanto capital de distrito, deveria liderar todo o processo
Comunidade Urbana
Liderança da Covilhã e Viseu preocupa PSD


Os vereadores do PSD, na Câmara da Guarda, estão apreensivos quanto ao processo de constituição de uma Comunidade Urbana e Área Metropolitana. É que, em ambas, quem lidera é a Covilhã e Viseu, enquanto a Guarda fica "na expectativa".


Hélder Sequeira
NC/Urbi et Orbi


Os vereadores do PSD na Câmara da Guarda sustentam que a autarquia está a esquecer o seu papel de liderança no processo de criação das áreas metropolitanas.
As recentes notícias sobre a possibilidade de ser constituída a Área Metropolitana de Viseu, que poderá a incluir os concelhos de Aguiar da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia e Seia, ou de uma criação de uma Comunidade Urbana, que englobe a Guarda, Covilhã e Castelo Branco, deixam apreensivos os vereadores da oposição, na Câmara da Guarda.
E isto, como frisam, não pelo facto do processo implicar a descentralização do Poder Central, mas antes, porque enquanto duas câmaras vizinhas (Viseu e Covilhã) lideram o processo a autarquia da Guarda se mantém, na perspectiva do PSD, "a reboque dos acontecimentos".
Para Ana Manso, vereadora do PSD na câmara desta cidade e presidente da Comissão Política Distrital daquele partido, trata-se de "um processo demasiado importante", pelo que a Guarda, "enquanto capital de distrito, devia ter tomado as rédeas no sentido de alertar e envolver todas as entidades para reforçar a coesão".
Segundo Crespo de Carvalho, também vereador do PSD, "este já não é o tempo oportuno, a legislação sobre a matéria foi aprovada em Agosto, portanto estamos a actuar a destempo". O autarca deixa ainda o apelo para que sejam desenvolvidos esforços no sentido de aproximar o Poder Central das edilidades, porque "este não é um processo que divide, antes pelo contrário une".
Álvaro Guerreiro, vice-presidente da Câmara da Guarda, contraria a ideia de que a autarquia esteja "parada", garantindo que estão a ser promovidos contactos com autarcas, presidentes de junta e membros do Governo com o objectivo se implementar o debate sobre esta questão, pois a informação obtida influenciará todo o processo.