Provas de Aptidão Pedagógica
A Contabilidade do Crescimento Económico
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Por Eduardo Alves
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A apresentação e discussão do relatório subordinado
ao tema do crescimento económico foram as provas realizadas pelo licenciado
Tiago Miguel Guterres Neves Sequeira. Docente da cadeira de Macroeconomia no Departamento
de Gestão e Economia da Universidade da Beira Interior, Tiago Sequeira
realizou estas provas "como um exercício integrado no programa de
doutoramento", afirma.
O exercício, semelhante a uma aula teórico-prática, dividiu-se
em duas partes. De início, foi explicada a técnica que se utiliza
para perceber porque é que os países crescem economicamente. Esta
acção verifica que uns estados têm índices de crescimento
maiores que outros. Tiago Sequeira baseou a sua análise na trajectória
de crescimento económico de Portugal, Espanha e Irlanda, comparando os
números alcançados nos últimos 40 anos. Os resultados obtidos
levaram o docente a constatar que os dois países ibéricos conheceram
um crescimento mais acentuado durante os primeiros 20 anos referentes ao estudo.
Por outro lado, a Irlanda viu os seus indicadores económicos aumentarem,
em relação a Portugal e Espanha, nestas últimas duas décadas.
A explicação destas mudanças preencheu a segunda parte das
provas de aptidão realizadas nos dias 23 e 24 de Janeiro. O docente da
UBI, refere "as estratégias de intervenção do Estado
na indústria, nas instituições e no capital humano",
como principais factores de diferenciação no crescimento económico
de cada país. Outra das razões que pode conduzir a economia de um
Estado a crescer mais que a de outro tem a ver "com a investigação",
adianta Tiago Sequeira.
As conclusões deste estudo vêm no seguimento da actual situação
financeira das contas públicas dos dois países ibéricos.
Para o docente de Macroeconomia da UBI, "a consolidação orçamental
é um factor que favorece o crescimento económico". Tiago Sequeira
explica que os efeitos desta medida são verificados por "uma maior
credibilidade do Estado perante os agentes económicos". Um factor
de que Portugal pode vir a beneficiar devido às recentes acções
relacionadas com a consolidação orçamental.
Como arguentes nas provas, estiveram, Ana Maria Matias Santos Balcão Reis
Peão da Costa, da Universidade Nova de Lisboa e Carlos Osório de
Cerqueira, da Universidade da Beira Interior. A classificação obtida
por Tiago Sequeira, atribuída por unanimidade, foi de Muito Bom.
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