Por Catarina Rodrigues


"O Barbeiro de Sevilha" é uma obra prima da ópera italiana

Fígaro é um barbeiro ladino que ajuda o Conde Almaviva a chegar perto da sua amada Rosina, rica pupila do Dr. Bartolo. Depois de ultrapassadas várias intrigas e de diversas tentativas de aproximação do conde à sua amada, através da utilização de disfarces, o casamento entre os dois acaba por se realizar.
A mais antiga ópera escrita por um compositor italiano chegou à Covilhã. O Teatro Cine, encheu no passado sábado, para assistir ao "O Barbeiro de Sevilha" de Gioacchino Rossini. Uma história que em conjunto com a beleza dos cenários e com a música da Orquestra do Norte prendeu os cerca de mil espectadores presentes na sala até ao último instante.
Com direcção musical de José Ferreira Lobo e encenação de Jorge Rodrigues, o espectáculo foi para Carlos Pinto, presidente da Câmara Municipal da Covilhã "uma aposta ganha". O autarca explica que o objectivo da realização destas iniciativas é "por um lado garantir um programa cultural de qualidade e por outro dar uma utilização adequada ao Teatro Cine".
Carlos Pinto anunciou que ao longo do ano a cidade vai receber uma série espectáculos. O próximo previsto é o ballet "Giselle". O maestro Ferreira Lobo revelou ainda a intenção de apresentar na Covilhã mais duas óperas. "La Traviata" e "Carmina Burama" são os espectáculos previstos para Junho e Novembro.
Para Ferreira Lobo "é importante descentralizar a cultura e a produção artística", daí a importância de trazer espectáculos como este ao interior do País". O maestro lembra ainda a importância do investimento das autarquias nesta área. A adesão positiva por parte do público foi justificada por José Ferreira Lobo pelo facto de haver na Covilhã uma tradição na música. "A existência de uma escola nesta área é disso exemplo", sublinha.
Rossini preparou a pauta da ópera "O Barbeiro de Sevilha" em apenas duas semanas. Depois do fiasco na primeira apresentação do espectáculo em 1816, este trabalho acabou por se tornar numa obra prima da ópera italiana. Um trabalho apresentado no Teatro Cine pela Fundação Cupertino de Miranda e pela Companhia Portuguesa de Ópera em co-produção com a Câmara Municipal da Covilhã.