Há já duas partidas
que os leões não ganham qualquer ponto
Ficha
do Jogo
Campo
de Jogos Estádio José Santos Pinto (Covilhã)
(19-01-2003)
Árbitro: António
Rezende
Auxiliares: Luis Tavares e André Cunha
Sp. Covilhã- 1
Celso, João Carlos, Pinheiro, Trindade ( Capitão), Marco
Abreu, Anky (38' Paquito), Edgar, Nini (71' Capelas), André Cunha,
Rui Morais, Hermes (58' Nii Amo)
Suplentes não utilizados: Luciano, Piguita, Jorge Humberto
e Tarantini.
Treinador: João Cavaleiro
União da Madeira-
3
Mora, Orlando, Fernando Porto, Miguel Teixeira, Júnior (intervalo
Jean Pierre que depois aos 83' é rendido por Moacir), Fran Alonso,
Jorginho, Cícero (56' Ruben), Kikas, Junas e Kovacevic.
Suplentes não utilizados: Vinicius, Brian Fuentes, Nuno
Almeida e Lima Pereira.
Treinador: Horácio Gonçalves
Ao Intervalo: 0-1
Marcadores: Paquito (71' g.p.); Orlando (28'), Cícero (54'),
Kovacevic (57')
Disciplina: cartão amarelo a Mora (70'), Junas vermelho
por acumulação (77' e 82'), Fernando Porto (80'); Pinheiro
(88'), João Carlos (93').
Figura do jogo: Celso
Numa partida em que o pendor ofensivo do Covilhã se começava
a evidenciar, Celso comete um erro crasso, dando o mote para a pesada
derrota no seu terreno de jogo dos leões.
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Leões somam segunda derrota consecutiva
Erros custam pontos
Como uma das equipas sensação
da primeira volta da II Liga, o Covilhã favorito recebia em casa um União,
que esta época não conseguira ainda bons resultados fora, mas como
o futebol não é sempre o esperado também o resultado surpreendeu.
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Por Paulo Galhardo
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A equipa treinada por João Cavaleiro de
regresso à competição a semana passada, após quase
um mês de interrupção ainda não parece ter recuperado
a forma, o resultado nas Aves (derrota por 3-0) anunciava-o, e o do último
domingo, confirmou.
O início da partida ficou ao cargo da equipa da casa que desde logo se
tentou superiorizar. O espectáculo começava com um pendor mais ofensivo
para o Covilhã, enquanto que o União se limitava a contra-atacar,
e foi assim que conseguiu conquistar um livre perigoso para as malhas defendidas
por Celso, Cícero (16') atirou directo com intenção mas a
bola saiu a rasar a trave.
A resposta surgiu após André Cunha (20') tabelar com Hermes para
receber isolado e atirar com perigo mas ao lado da baliza de Mora.
O jogo decorria mais a favor dos leões quando numa subida, Orlando (28')
tenta cruzar para a área, o cruzamento sai desviado e acaba por ir parar
às mãos de Celso que surpreso pela direcção acaba
por entrar com a bola pela baliza. Foi um momento de grande infelicidade de Celso
pois acabava por sem oposição conceder um golo sem mérito
ao adversário.
Neste momento, a equipa visitada começava a tentar igualar a partida com
remates de meia distância, Pinheiro (31') e André Cunha (32', 34'
e 45') ficaram sempre a poucos centímetros de o conseguir.
João Cavaleiro arriscou a saída do estreante Anky (38') para lançar
Paquito, dispondo de um Covilhã mais ofensivo, mas foi infrutífero
até ao intervalo.
Horácio Gonçalves na segunda parte lançou Jean Pierre para
o lugar de Júnior, conseguindo chegar com mais perigo à baliza de
Celso, Junas (52') em contra-ataque isola-se e atira mas Celso opôs-se bem,
a recarga de Cícero sai desviada.
Na jogada seguinte, de novo em resposta rápida Jean Pierre consegue ultrapassar
Edgar e sobe até cruzar para Cícero (54') que só tem que
encostar para o fundo das redes, o jogador acaba por ser tocado e ser substituído
por Ruben.
A equipa do Covilhã via-se em desvantagem. Para piorar, concede um canto
no qual à boca da baliza, Kovacevic (56') com alguma sorte ganha e concretiza
o terceiro tento da sua formação. Nesta altura o jogo parecia sentenciado.
João Cavaleiro, desapontado, tira Hermes (58') e lança Nii Amo,
mas a sua equipa não consegue criar situações de golo, até
que Rui Morais sobe e cruza para André Cunha (69') atirar de cabeça
para boa defesa de Mora.
Nini (70') ganha ressalto de bola e fica isolado para Mora, que o derruba, causa
grande penalidade, e é substituído por Capelas.
Paquito (71') aponta com sucesso o golo de honra do Covilhã.
Um bom trabalho de André Cunha (75') a driblar três adversários
para rematar para difícil defesa de Mora. Lançou alguma esperança,
mas depois o Covilhã limitou-se a tentar bombear bolas para a área,
onde também já João Carlos jogava como ponta-de-lança.
Até ao final da partida o União limita-se a defender, especialmente
após a expulsão de Junas por protestos, e podia ainda dilatar nos
descontos de tempo concedidos pelo árbitro, mas Ruben isolado não
conseguiu bater Celso.
"O resultado foi injusto, imerecido"
O apito final do árbitro, que diga-se esteve a bom
nível na partida, marcava a segunda derrota do Covilhã em casa
e a primeira vitória fora do União, para surpresa de muitos.
Horácio Gonçaves comentou no final, "a vitória foi
justa e merecida para os meus jogadores. Noutros jogos merecemos mais e não
conseguimos, hoje conseguimos", esperando que a sua equipa se anime e lance
na luta pela permanência na II Liga, como é sua vontade.
Já João Cavaleiro comentou o resultado de forma diferente: "O
resultado de hoje foi injusto, imerecido, fizemos apenas dois ou três
erros, mas que em futebol se pagam caro".
"Os meus jogadores mereciam mais, lutaram até final, foram muito
dignos, criamos muitas oportunidades mas fomos infelizes. O futebol é
assim mesmo, com momentos diferentes, mas os erros pagam-se caro".
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