O líder da Mesa da Assembleia Geral (AG) da Associação de
Socorros Mútuos "Mutualista Covilhanense", Ramiro Reis, solicitou
ao Tribunal da Covilhã que marcasse novo acto eleitoral, um pedido enviado
na sexta feira, 10. Ao mesmo tempo, Ramiro Reis decidiu anular os despachos dos
dias 5 e 28 de Dezembro.
Face à Providência Cautelar apresentada por Carlos Barata e Carlos
Xistra, elementos da lista opositora, que, recorde-se, teve deferimento, as eleições
na Mutualista estão adiadas sine die. "Perante esta situação,
esperamos que o Tribunal tome uma resolução rápida",
salienta o actual líder da AG, preocupado com o normal funcionamento da
instituição. Ramiro Reis propôs ainda ao Tribunal que o suspenda
do cargo que ocupa, para que, esclarece, "não me seja apontada qualquer
tipo de parcialidade".
Ramiro Reis garante, no entanto, que continua na corrida eleitoral da Associação.
"Vamos corrigir as deficiências apontadas à lista, mas esta
permanece na íntegra", afirma.
Relembre-se que as eleições para os órgãos sociais
da Mutualista Covilhanense estiveram, praticamente desde o início, envoltos
em polémica. Carlos Mineiro, actual presidente da direcção
e candidato a mais um mandato, contestava o facto de serem alegadas questões
estatutárias para se recandidatar. Uma "irregularidade" contraposta
por Ramiro Reis com o artigo 26, nº5 dos estatutos da instituição,
segundo o qual impede a candidatura de alguém que já tenha três
mandatos nos órgãos dirigentes.
Depois de algumas trocas de acusações, a calmaria parece ter voltado
à instituição, estando agora nas mãos do Tribunal
da Covilhã a marcação de novo acto eleitoral.
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