Cunha Leal salienta o trabalho desenvolvido na informatização
da Unidade
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Unidade de Cuidados Intensivos existe
há uma ano
Boa vontade e querer superam falta de médicos
A Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) do
Centro Hospitalar existe há um ano. No total, por ali passaram mais de
200 utentes. Porém, segundo Cunha Leal, responsável da Unidade,
faltam médicos para o serviço. O querer e boa vontade dos profissionais
têm superado o problema.
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João Alves
NC/Urbi et Orbi
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"Muito trabalho e
muitas horas de preocupações". É este o balanço
que o médico Cunha Leal faz da actividade da Unidade de Cuidados Intensivos
do Centro Hospitalar da Cova da Beira, inaugurado a 7 de Janeiro de 2002, ou seja,
há um ano. No total, por aquela unidade passaram mais de 200 utentes e a
taxa de ocupação foi de 90 por cento. Recorde-se que com a criação
desta valência, evitaram-se bastantes transferências de doentes para
outros hospitais e os riscos e perdas de tempo, inerentes a qualquer trasnporte,
também foram combatidas.
Segundo Cunha Leal, o primeiro ano passou por um trabalho não só assistencial
aos doentes, mas também por uma actividade formativa para pôr a funcionar
todo o material informático que existe nesta valência. Na UCI trabalham
21 pessoas, sete que prestam apoio auxiliar, 5 a 6 médicos e duas secretárias
clínicas. Meios insuficientes. "Continuamos com falta de meios. Dispômos
de 9 camas, mas só podemos suportar seis, pois o nosso número de médicos
está abaixo do normal. Devíamos ter seis e só temos dois"
explica Cunha Leal, que salienta que estas carências têm sido superadas
pelo querer, boa vontade e profissionalismo da equipa que compõe a UCI. E
no período de férias, os problemas acentuam-se, mas "o esforço
e dedicação" voltam a superar tudo. As épocas do ano em
que mais doentes acorrem à Unidade é o Inverno e Verão. Complicações
respiratórias e enfartes do miocárdio são as patologias mais
frequentes. A UCI é um serviço solicitado por pessoas de toda a região,
e até por unidades de outros pontos do País, como Gaia. Apesar de
evitar muitas transferências para outros locais, como Coimbra, Cunnha Leal
lembra que existem ainda situações em que é preciso socorrer-se
de outras unidades. Um desses casos prende-se com os traumatizados cranianos, porque
no Centro Hospitalar não existe um neurocirurgião. "Só
transferimos por falta de recursos. Mas o número de doentes que vai para
outros é muito menor" explica Cunha Leal.
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