José Soares, deputado municipal do PS,
teceu, no dia 21 de Dezembro, acesas críticas ao actual executivo liderado
por Manuel Frexes. O antigo vice-presidente da autarquia fundanense abordou a questão
da Zona Industrial. José Soares admitiu que "alguns empresários
ganharam muito dinheiro naquela área com negócios imobiliários".
O deputado socialista lembrou que na altura a Câmara "não tinha
armas para combater essa maneira de actuar".
Neste sentido, o deputado alertou a autarquia para "rever e elaborar um novo
regulamento para a Zona Industrial e actuar em situações como a atribuição
de lotes a empresas como a Ginapele".
Manuel Frexes, presidente da autarquia fundanense, em jeito de resposta ao deputado
socialista afirmou: "ainda bem que tem consciência da herança
que nos legou e admite que naquela Zona Industrial se fizeram muitos negócios
e houve especulação à custa do poder público".
Frexes lembra ainda que o regulamento daquela área já está
a ser revisto.
O socialista fez também referência ao pré-relatório de
"Diagnóstico da Zona Industrial", elaborado pela Associação
Comercial e Industrial do Fundão. José Soares sustenta que o diagnóstico
"foi feito para justificar alguns subsídios". O deputado municipal
salienta que "ao contrário do que está registado no documento,
não existem mais lotes da autarquia para entregar". E afirma ainda que
"partir do pressuposto que tudo o que não está registado é
da Câmara são inverdades". Manuel Frexes considera que Soares
ainda está a viver "o período de nojo e repúdio pós-eleitoral".
O deputado "rosa" aproveitou a oportunidade para denunciar alegadas situações
de "perseguição na autarquia". Na opinião de José
Soares, "existem trabalhadores do PS na Câmara que são ameaçados,
não pelo executivo municipal, mas por alguns peões que lá colocaram".
Em relação a este assunto, Manuel Frexes fez notar que "nunca
fizemos qualquer pressão.Existem apenas dois valores que me guiam:a lealdade
e a competência".
"Área de Serviço do Fundão"
Manuel Frexes, presidente da Câmara Municipal do Fundão, quer que
a área de serviço da A23, se for instalada no concelho que preside,
se chame "Área de Serviço do Fundão". O autarca
não admite que a área de serviço da A23 a instalar num território
entre a Ribeira da Meimoa e o cruzamento de Alcaria receba o nome do concelho
vizinho, a Covilhã.
A posição do autarca já foi dada a conhecer ao Instituto
de Estradas de Portugal e à administração da SCUTVIAS da
Beira Interior que, segundo Manuel Frexes, terão acatado a sugestão.
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