Alguns encarregados de educação entregaram
um documento a manifestar o seu desagrado
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Pré-escolar continua a gerar
polémica
Encarregados de educação contra
aumentos
A subida dos preços e a diminuição
da qualidade são as principais queixas dos encarregados de educação.
Manifesto foi ontem entregue na autarquia.
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Por Catarina Rodrigues
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Um grupo de representantes de pais e encarregados
de educação das crianças dos jardins de infância do concelho
da Covilhã entregou ontem, segunda 6, um manifesto na autarquia covilhanense.
O documento destinava-se a ser entregue ao presidente da edilidade Carlos Pinto,
mas na ausência deste e da vereadora com o pelouro da Educação
acabou por ser entregue a Luís Barreiros, vereador da Administração
Geral, Finanças e Gestão do Património.
O conteúdo do manifesto visa transmitir o desagrado dos pais face aos aumentos
previstos pela autarquia ao nível dos serviços de apoio prestados
no ensino pré-escolar como as refeições e o prolongamento de
horário. A medida anunciada no início do ano lectivo foi de imediato
contestada pelos encarregados de educação, segundo os quais, as alterações
foram instituídas sem qualquer informação prévia e depois
do prazo de inscrição dos alunos. A autarquia reconheceu esta situação
e Maria do Rosário Rocha, vereadora da Educação e Cultura propôs,
em Novembro, que até ao final do ano de 2002 se aplicassem os preços
antigos. A partir de Janeiro, os pais já têm que efectuar os pagamentos
segundo o novo tarifário, mas não estão dispostos a isso. A
nova tabela é constituída por seis escalões e a autarquia quer
que os cálculos sejam efectuados segundo os rendimentos de cada agregado
familiar, ou seja, quem ganha mais tem que pagar mais. Agora e até ao final
do presente ano lectivo, os preços atingem só o terceiro escalão,
mas a partir do próximo mês de Setembro vão atingir o sexto.
Conceição Figueira, encarregada de educação, esclarece
que "não é o valor em si que está em causa, mas sim a
legislação a que a Câmara está agarrada, que levanta
algumas dúvidas". A encarregada de educação acrescenta
ainda que "não houve, nos últimos anos, qualquer investimento
em material didáctico e formação do pessoal. Jorge Cunha, também
encarregado de educação sublinha que "os preços aumentam,
mas a qualidade é cada vez pior".
Outro dos factores criticados pelos pais é a alimentação nas
instituições. Dizem que "não há qualidade".
Segundo Conceição Figueira "em muitos jardins de infância
os preços das refeições são superiores aos das cantinas
da Universidade da Beira Interior, quando não podem exceder os preços
praticados no ensino preparatório e secundário".
Os encarregados de educação lembraram ainda que a Câmara Municipal
da Covilhã recebe comparticipações do Estado para prestar apoio
à família e "isso não está a ser tido em conta".
Luís Barreiros recebeu o documento, mas recusou prestar declarações
sobre o assunto.
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