António Fidalgo
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Revisão Final
O ano de 2002 chega ao fim. Altura de fazer uma revisão final, ainda que
breve.
O ano foi marcado pela crise económica em geral e, em Portugal, pela crise
orçamental em particular. Essa crise reflectiu-se na vida das universidades,
na contenção de despesas e no corte de investimentos. O caso visível
e simbólico desta crise foi a demissão do reitor da velha Universidade
de Coimbra.
A crise sentiu-se como nunca nas universidades portuguesas, continua a sentir-se,
mas ainda não se vê uma estratégia para ultrapassar não
só a actual crise de orçamentos, mas para dar uma nova vida ao ensino
superior em Portugal, que, aliás como o ensino superior europeu em geral,
precisa de um novo sentido face aos desafios da globalização, das
novas tecnologias, da baixa demografia, etc.
Vive-se a crise, sofrem-se os efeitos, há queixas, protestos, mas o que
é preciso, é pensar o futuro, fixar metas, traçar objectivos,
delinear estratégias. Oxalá o ano de 2003 seja um ano em que se
pense muito, se debata muito, sobre as universidades. Há que dar um passo
para lá da crise e não só sair dela.
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