Sobre Cinema
Jorge
de Sena
"Eu
não sou crítico, apenas cinematográfico; como ensaísta
e crítico literário, e até como poeta, já fui classificado
de mistificador".
Por Eduardo Alves
"Pela
sua natureza de espectáculo ao alcance das grandes massas, o cinema é
no mais alto grau, uma forma de comunicação inconveniente... Pesam
sobre ele as restrições dos interesses gerais e as restrições
dos interesses locais".
Jorge de Sena
Um conjunto de importantes obras
da sétima arte são analisadas neste livro de Jorge de Sena. Esta compilação
de textos foi editada pela primeira vez em 1988. U lançamento a cargo da
Cinemateca Portuguesa como forma de comemoração dos 40 anos deste
organismo.
Manuel Fonseca, co-organizador do livro, classifica-o como "uma inestimável
contribuição para que se conheçam os padrões críticos
com que ele (Jorge de Sena) se aproximou do universo visual e sonoro que os filmes
são".
Vinte e um textos apresentados, na sua maioria, nas terças feiras clássicas,
organizadas pelo Jardim Universitário de Belas Artes. Outros textos foram
publicados no Mundo Literário e no Comércio do Porto.
Sena analisou e comentou filmes como "Charlot Hoje e Sempre", "A
Bela e o Monstro", "Crepúsculo dos Deuses" ou "Otelo".
Um feito que conseguiu aproximar a moral das fitas à compreensão dos
espectadores. Da mesma forma, integrou os filmes no panorama literário e
artístico da época. De salientar que os escritos de Sena, remetem-se
ao período entre 1946 e 1966. Muitos deles sofreram as mutilações
da censura.
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