Os estudantes que estão a terminar os seus cursos, estão preocupados com o futuro, caso optem por ser professores
Castelo Branco
Futuros professores enviam moção ao Governo

Alunos do Instituto, que querem ser professores, aprovaram em debate realizado na Escola Superior de Educação, o envio de uma moção ao Governo, a contestar a políticalevada a cabo na Educação. A instabilidade na docência continua em causa.


Céu Lourenço
NC/Urbi et Orbi


A Associação de Estudantes da Escola Superior de Educação de Castelo Branco, realizou na passada quarta-feira, 18, no auditório deste estabelecimento de ensino, um debate, tendo sido aprovada pelo plenário uma moção, que será entregue pelo Sindicato de Professores da Região Centro ao Ministério da Educação.
Deste documento consta que "o projecto do Ministério da Educação é mau para os jovens porque retira o carácter anual aos concursos, exclui os docentes estagiários de concorrerem no próprio ano em que concluem o seu estágio profissional e eterniza o contrato a prazo como única forma de ralação laboral entre os professores e o Ministério podendo, estes, em
qualquer momento ficar no desemprego". O texto refere ainda que há limitações na abertura de vagas de Quadro nas escolas e nas Zonas Pedagógicas e que os concursos mantém uma caracterização que não tem em conta as necessidades efectivas dos estabelecimentos de educação e de ensino.
Tendo em conta as propostas apresentadas pelo Ministério da Educação, os docentes estagiários presentes no plenário exigem:"o direito de concorrerem às vagas dos Quadros de Escola e de Zona Pedagógica, através de concurso externo e, não sendo colocados, a constarem da lista de candidatos a um contrato, no ano em que concluem o seu estágio profissional; a vinculação dinâmica dos professores e educadores contratados com dois anos de serviço, através da integração de um quadro e a abertura de vagas, de acordo com as reais necessidades das escolas, devendo, para esse efeito, serem alterados os critérios para a determinação dos lugares de quadro, tendo em conta o conjunto de respostas educativas que se exigem às escolas".
Neste dia os alunos realizaram uma vigília, que contou com a presença de
Valter Lemos, presidente do Instituto Politécnico de Castelo
Branco, que salienta ter ido"manifestar a minha solidariedade
com a preocupação dos estudantes nesta matéria" já que "há uma crise ao
nível de colocação de professores que se vai agudizar com as propostas que o Governo negociou, criando mais problemas".Para o presidente do Politécnico "a situação é bastante grave para a vida dos alunos, já que segundo tenho ouvido falar, as soluções que o Governopropõe, podem fazer com que o estudante acabe o seu curso e depois durante três anos, nem sequer possa concorrer a lugar nenhum".