Igreja de Santa Maria recebe espectáculo memorável
Concerto de Natal encerra ano cultural com chave-de-ouro
O Coro e Orquestra da Escola Superior de Artes
e Orfeão de Castelo Branco encerraram o ano cultural na Covilhã.
Apesar do balanço positivo, a vereadora com o pelouro alerta para as contenções
orçamentais que se vão reflectir na cultura em 2003.
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Carla Loureiro
NC/Urbi et Orbi
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A Igreja de Santa Maria foi o palco escolhido para o concerto de Natal, organizado
pela Câmara Municipal da Covilhã. O Coro e Orquestra da Escola Superior
de Artes (ESART) do Instituto Politécnico de Castelo Branco, bem como o
Orfeão albicastrense proporcionaram momentos de pura beleza. O cenário
da Igreja deu ao espectáculo um tom ainda mais inconfundível e memorável
para as dezenas de pessoas que assistiram ao concerto.
Coube ao Orfeão de Castelo Branco abrir as hostes na noite de sábado,
21. A música, alusiva à época natalícia, começou
a aquecer os presentes, não fosse a noite de Inverno fria. Pela primeira
vez a actuar na Igreja de Santa Maria, sob a alçada de Ema Casteleiro,
o Orfeão entoou alguns dos tradicionais cântigos de Natal. "A
acústica da Igreja é excelente. Estamo-nos a sentir mais à
vontade a cantar", salienta Ema Casteleiro, enaltecendo igualmente a beleza
do espaço. Para a mestrina, a experiência é "concerteza"
para voltar a repetir.
Seguiam-se o Coro e Orquestra da ESART. À "Oratória de Natal",
de Bach, juntou-se "Laudamus Te" e "Exultate Jubilate", de
Mozart. Orfeão, Coro e Orquestra da Escola Superior protagonizaram um final
memorável, ao juntarem-se todos em palco. Visivelmente satisfeita, a vereadora
com o pelouro da Cultura da autarquia serrana, sublinha o "serão agradável"
que se proporcionou. "Foi um concerto que encheu a alma e apelou ao espírito
da época", refere Maria do Rosário Pinto da Rocha.
Contenção orçamental "condiciona"
cultura em 2003
"O ano cultural da Covilhã encerrou com chave-de-ouro". Quem
o afirma é Maria do Rosário Pinto da Rocha. Para a veredora com
o pelouro da Cultura, este concerto de Natal é o reflexo daquilo que a
autarquia pretende levar a cabo no próximo ano. Mas também as parcerias
terão um lugar de destaque em 2003. Fruto do protocolo assinado entre o
município covilhanense e o Instituto Politécnico de Castelo Branco,
na última sexta-feira, 20, o Coro e a Orquestra da ESART vão voltar
novamente à cidade.
O ano cultural, afirma a vereadora da Cultura, "foi muito interessante",
apesar de "complicado". Isto porque, refere Maria do Rosário,
"quando há contenção orçamental somos obrigados
a cortar nos gastos, o que leva a que seja mais difícil fazer cultura".
Desde o folclore, exposições, passando pelo lançamento de
livros, a "Covilhã, quer através da Câmara Municipal,
quer dos agentes, conseguiu fazer de 2002 um ano bastante positivo ao nível
cultural".
Para 2003 espera-se igualmente um ano não muito diferente deste que agora
chega ao fim. Todavia, e porque se mantêm os cortes orçamentais,
a responsável pelo pelouro chama a atenção para as opções
que terão que ser feitas. "Mas com engenho, capacidade de gestão
e disponibilidade vai continuar a fazer-se cultura", assevera Maria do Rosário.
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