As eleições para os órgãos sociais da Associação
de Socorros Mútuos da Covilhã - Mutualista Covilhanense, marcadas
para o passado sábado 28, foram suspensas. A decisão partiu do Tribunal
da Covilhã depois de ter despachado favoravelmente a Providência
Cautelar interposta por Carlos Mineiro, actual presidente da direcção
e concorrente às eleições pela lista A.
Após tomar conhecimento da decisão do Tribunal em suspender as eleições,
Ramiro Reis, presidente da Assembleia Geral e concorrente pela lista B, frisa
que vai recorrer da decisão do juiz. Para o fazer tem agora dez dias. Segundo
o candidato pela lista B, "existem inverdades que têm de ser esclarecidas
e apenas foi ouvida uma das partes". Ramiro Reis sublinha que também
quer ser ouvido pelo Tribunal.
A polémica na Mutualista Covilhanense começou quando a Assembleia
Geral desta instituição, recusou a lista proposta por Mineiro. Devido
ao facto desta "violar os estatutos", explica o presidente da Assembleia
Geral. Ramiro Reis acrescente que a Lista A, "inclui nomes de pessoas que
já cumpriram três mandatos nos órgãos dirigentes. É
o caso de Carlos Mineiro". Acrescenta ainda que os estatutos da Mutualista
não permitem esta situação.
Ramiro Reis lembra que no passado dia 26 de Dezembro, decorreu uma Assembleia
Geral da Associação de Socorros Mútuos que recusou maioritariamente
a lista apresentada por Carlos Mineiro. A petição teve 52 votos
contra, 32 a favor e uma abstenção. O presidente da Assembleia Geral
refere que "esta situação não se pode eternizar porque
só prejudica a Mutualista". Reis lamenta que a Providência Cautelar
tenha sido feita contra a própria Associação.
No entender de Carlos Mineiro são "alegadas questões estatuárias"
que estão a impedir a sua recandidatura ao cargo. O actual presidente da
Mutualista afirma que agora vai aguardar já que "será o presidente
da Assembleia Geral a decidir que procedimentos se devem tomar".
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