Por Catarina Rodrigues



O ano de 2002 não foi dos melhores para o Ensino Superior

No final de mais um ano, é hora de pensar no que de mais importante se passou e no que agora nos espera. 2002 foi um ano de mudanças políticas em Portugal. Durão Barroso ganhou as eleições legislativas a 17 de Março e conseguiu ter um Governo de maioria absoluta através da coligação do seu partido, PSD, com o PP de Paulo Portas.
A principal meta estabelecida foi o défice orçamental situado nos 2,8 por cento do Produto Interno Bruto. Para que esse objectivo fosse alcançado foi tomado um conjunto de medidas de contenção financeira.
Um dos sectores que mais sofreu com esta política de "apertar o cinto" foi a educação. No Ensino Superior registaram-se elevados cortes orçamentais. A Universidade da Beira Interior é uma exemplo, semelhante a tantos outros, desta medida. Em 2003 a instituição vai receber menos 650 mil euros do Estado.
Na Beira Interior foram muitas as empresas do sector têxtil e dos lanifícios que encerraram, atirando para o desemprego centenas de trabalhadores. Uma situação que deu origem à criação de um Plano de Intervenção para esta zona do País.
O presidente da República Jorge Sampaio, na sua deslocação ao distrito da Guarda, classificou-o como "o mais pobre de Portugal".
Ainda assim, o ano de 2002 fica marcado de forma positiva com a abertura de dois troços importantes da Auto-Estrada da Beira Interior. Na Covilhã as obras do Programa Polis pretendem mudar o rosto da cidade.