António Fidalgo
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Elogio de uma agenda cultural
A cidade da Guarda merece bem um franco elogio pela sua agenda cultural. Nos dois
sentidos do termo: primeiro, pelo conjunto de iniciativas culturais de que a velha
cidade é pródiga; e em segundo pela magnífica apresentação
gráfica da Agenda Cultural que até é enviada gratuitamente
por correio para os que assim o desejarem, incluindo os covilhanenses.
A cultura numa cidade vive antes de mais de iniciativas e não há
dúvida de que a Guarda, desde a comemoração do oitavo centenário
há dois anos, embarcou num ritmo de iniciativas culturais digno do maior
realce. Há uma programação cultural e os eventos sucedem-se,
criando hábitos de cultura e os públicos para a cultura. Com efeito,
a cultura é algo de criação e de promoção continuadas
e lentas, que deve ser acompanhada e, sobretudo, acarinhada de forma contínua.
Há organização e há diversidade na vida cultural da
Guarda. Música, cinema, teatro, exposições, acontecem regularmente.
Se alguém tiver dúvidas, consulte a Agenda Cultural, brochura editada
e distribuída mensalmente pelo pelouro da Cultura da Câmara Municipal
da Guarda.
Obviamente que sem omeletes não há ovos, e se não houvesse
uma agenda efectiva de acontecimentos culturais na Guarda, a excelente apresentação
gráfica da pequena brochura de 24 páginas seria apenas um exercício
de bom grafismo. Mas aqui conjugam-se as duas coisas: substância e apresentação.
A brochura é a melhor apresentação - e apresentação
que fica, visível e palpável - não só dos eventos
que se podem ver e ouvir na Guarda, mas também de algo que foge aos sentidos,
mas não pode fugir ao intelecto, a saber, o planeamento e a organização
que subjazem aos múltiplos eventos.
A Guarda está de parabéns pela sua vida cultural que leva e que
sabe mostrar. Oxalá as cidades vizinhas, como a Covilhã, soubessem
fazer o mesmo e concorrer com a velha cidade.
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