O Departamento de Engenharia Electromecânica organizou, no dia 11 de Dezembro,
um concurso subordinado ao tema "Pontes de Espaguete", aberto a estudantes
do ensino superior e secundário. A iniciativa, realizada no Pólo
das Engenharias da UBI, teve como principal objectivo fomentar a pesquisa e a
inovação na procura de soluções para os problemas
da engenharia.
É o segundo ano consecutivo da competição, este ano com duas
novas categorias: "Carga Máxima" e "Design". A modalidade
de "Design" foi incluída nesta nova edição, devido
à criatividade dos participantes do ano anterior. Só foram admitidas
pontes totalmente construídas em esparguete comercial, com um vão
mínimo de 40 centímetros e um peso máximo de 350 gramas,
rigorosamente fiscalizadas pelo júri presente. De manhã, procedeu-se
à entrega das pontes; a parte da tarde ficou preenchida pela sua avaliação
e entrega dos respectivos prémios.
A primeira modalidade a ser avaliada, com seis pontes concorrentes, foi a de "Design".
O arquitecto Neves Dias, um dos elementos do júri, lembrou: "Os critérios
utilizados para a atribuição do prémio foram a harmonia existente
entre a forma e a função das pontes". Carlos Silva, aluno do
3º ano de Engenharia Civil, arrecadou o primeiro prémio (cheque no
valor de 50 euros). A sua ponte apresentava uma miscelânea de estilos arquitectónicos,
com um formato inspirado na ergonomia da Torre Eiffel. Os segundo e terceiro lugares
foram atribuídos a Nélson Rebelo (Engenharia Civil) e Joana Correia
(Gestão).
Estrutura (quase) inquebrável
A grande surpresa da competição surgiu na avaliação
da categoria de "Carga Máxima". Os 13 candidatos mostraram a
resistência das suas pontes através do carregamento sucessivo de
pesos (barras metálicas e areia) para um balde, que estava pendurado à
estrutura das pontes, até ao seu colapso. O número 13 não
foi, nestas circunstâncias, o do azar, uma vez que foi a última ponte
a ser testada a vencedora. De facto, esta era tão resistente que os pesos
existentes não foram suficientes para a fazer colapsar. Foi necessário
recorrer à utilização de água como peso adicional.
O recorde de peso do ano passado, 10 quilos, foi largamente batido pelos primeiros
classificados. O vencedor, André Garcia, aluno do 2º ano de Engenharia
Aeronáutica, conseguiu a marca de 28,73 quilos, e os segundo e terceiro
classificados, 17,56 quilos (Rui Sousa, Engenharia Mecânica) e 16,22 quilos
(Ângelo Moreira, Engenharia Mecânica), respectivamente.
André Garcia, que recebeu um cheque de 150 euros pela sua prestação,
revelou que tentou construir uma estrutura que conseguisse aguentar o máximo
de peso possível; acrescentando que desenhara a sua ponte para suportar
somente 10 quilos, por isso o resultado obtido foi inesperado.
A propósito do evento, Ana Gama, docente da UBI, uma das organizadoras,
disse ao Urbi et Orbi considerar que "correu muito bem. "Claro que para
o ano vamos fazer melhor, mas este resultado ultrapassou as expectativas. De qualquer
maneira, penso que toda a gente ficou a ganhar, principalmente as pessoas que
participaram neste projecto, e o público que, habitualmente, não
tem oportunidade de ver este tipo de competição".
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