Por Daniel Sousa e Silva


O melhor design teve, na edição deste ano, direito a prémio.

O Departamento de Engenharia Electromecânica organizou, no dia 11 de Dezembro, um concurso subordinado ao tema "Pontes de Espaguete", aberto a estudantes do ensino superior e secundário. A iniciativa, realizada no Pólo das Engenharias da UBI, teve como principal objectivo fomentar a pesquisa e a inovação na procura de soluções para os problemas da engenharia.
É o segundo ano consecutivo da competição, este ano com duas novas categorias: "Carga Máxima" e "Design". A modalidade de "Design" foi incluída nesta nova edição, devido à criatividade dos participantes do ano anterior. Só foram admitidas pontes totalmente construídas em esparguete comercial, com um vão mínimo de 40 centímetros e um peso máximo de 350 gramas, rigorosamente fiscalizadas pelo júri presente. De manhã, procedeu-se à entrega das pontes; a parte da tarde ficou preenchida pela sua avaliação e entrega dos respectivos prémios.
A primeira modalidade a ser avaliada, com seis pontes concorrentes, foi a de "Design". O arquitecto Neves Dias, um dos elementos do júri, lembrou: "Os critérios utilizados para a atribuição do prémio foram a harmonia existente entre a forma e a função das pontes". Carlos Silva, aluno do 3º ano de Engenharia Civil, arrecadou o primeiro prémio (cheque no valor de 50 euros). A sua ponte apresentava uma miscelânea de estilos arquitectónicos, com um formato inspirado na ergonomia da Torre Eiffel. Os segundo e terceiro lugares foram atribuídos a Nélson Rebelo (Engenharia Civil) e Joana Correia (Gestão).

Estrutura (quase) inquebrável

A grande surpresa da competição surgiu na avaliação da categoria de "Carga Máxima". Os 13 candidatos mostraram a resistência das suas pontes através do carregamento sucessivo de pesos (barras metálicas e areia) para um balde, que estava pendurado à estrutura das pontes, até ao seu colapso. O número 13 não foi, nestas circunstâncias, o do azar, uma vez que foi a última ponte a ser testada a vencedora. De facto, esta era tão resistente que os pesos existentes não foram suficientes para a fazer colapsar. Foi necessário recorrer à utilização de água como peso adicional. O recorde de peso do ano passado, 10 quilos, foi largamente batido pelos primeiros classificados. O vencedor, André Garcia, aluno do 2º ano de Engenharia Aeronáutica, conseguiu a marca de 28,73 quilos, e os segundo e terceiro classificados, 17,56 quilos (Rui Sousa, Engenharia Mecânica) e 16,22 quilos (Ângelo Moreira, Engenharia Mecânica), respectivamente.
André Garcia, que recebeu um cheque de 150 euros pela sua prestação, revelou que tentou construir uma estrutura que conseguisse aguentar o máximo de peso possível; acrescentando que desenhara a sua ponte para suportar somente 10 quilos, por isso o resultado obtido foi inesperado.
A propósito do evento, Ana Gama, docente da UBI, uma das organizadoras, disse ao Urbi et Orbi considerar que "correu muito bem. "Claro que para o ano vamos fazer melhor, mas este resultado ultrapassou as expectativas. De qualquer maneira, penso que toda a gente ficou a ganhar, principalmente as pessoas que participaram neste projecto, e o público que, habitualmente, não tem oportunidade de ver este tipo de competição".