O Covilhã não conseguiu ir além do empate

Ficha do Jogo

Campo de Jogos Estádio José Santos Pinto (Covilhã)
(15-12-2002)


Árbitro: Elmano Santos
Auxiliares:
João Sousa, Sérgio Serras

Sp. Covilhã- 1
Celso, João Carlos, Moisés, Pinheiro, Trindade (35' Nini), Marco Abreu (63' Hermes), Paquito (74' Rony), Mauro , Edgar, André Cunha eRui Morais.
Treinador: João Cavaleiro

Grupo Desportivo de Chaves - 1
Carou, Jorge Neves, Ricardo, Paulo Alexandre, Lino, Isidro (66' Manduca), Edú Brasil (82' Sérgio), João (90' Luis Claúdio), Valença, Tony e Kasongo.
Treinador: Rogério Gonçalves

Ao Intervalo: 1-1

Disciplina: cartão amarelo a Jorge Neves (21'), Trindade (33'), Tony (43'), André Cunha (73') e João Carlos (88').

Figura do jogo: Elmano Santos
A figura do jogo pela negativa, num espectáculo onde os protagonistas devem sempre ser os futebolistas das equipas acaba por ser o árbitro o elemento que resolve o desafio. A evidente falta de categoria da equipa de arbitragem, prejudicou o espectáculo e resultou num claro prejuízo para o Sporting da Covilhã, as dúvidas resultavam sempre contra os serranos, em duas ocasiões de fora-de-jogo inexistentes e numa grande penalidade que não sancionou, exibindo mesmo amarelo a André Cunha.
A fraca exibição deste árbitro neste desafio assemelha-se a uma outra em Aveiro, onde também o mesmo árbitro prolongou por dez minutos os descontos, numa partida em que o Covilhã vencia 1 a 0 e só terminou após o empate da equipa aveirense. Uma figura certamente de má memória para a equipa serrana.

Covilhã mantém lugar de topo
"O resultado possível"

Num jogo que se afigurava como complicado, o Covilhã entrou nervoso e permitiu a vantagem do Chaves, depois e até final arriscou tudo apostando em conquistar os três pontos ao que o Chaves respondeu com perigosos contra-ataques que só pecaram pela sua finalização, num desafio marcado por uma má arbitragem.


Por Paulo Galhardo


A décima quarta jornada opôs um surpreendente Covilhã, quarto classificado da II liga ao Grupo Desportivo de Chaves que embora se encontrasse em 13º, só por duas ocasiões foi batido fora do seu estádio. A equipa caseira cedeu vantagem ainda muito cedo, a acusar alguma ansiedade e algo infelizes os "leões da serra" sofreram um livre cobrado por Lino ao que Edú Brasil tenta corresponder de cabeça, mas foi João Carlos (4') que na tentativa de desviar a bola acaba por marcar autogolo. O Chaves começava bem o jogo e colocava bastante pressão nos seus adversários, Tony (20') de livre atira muito perto da baliza de Celso. João (23') quase conclui uma bonita jogada do colectivo flaviense, Isidro primeiro com bom trabalho isola Lino que com tempo e espaço cruza para João e só a coragem de Celso impede o golo. Isidro (24') tenta a sua sorte com um remate potente mas Celso defende novamente.
O Covilhã tenta sacudir a pressão e um erro da defesa flaviense permite um livre indirecto já na área, mas Marco Abreu (28') desperdiça com remate sem direcção.
Trindade (33') sobe no terreno, num ímpeto tenta iludir a equipa de arbitragem, mas acaba por apenas conquistar um cartão amarelo, Cavaleiro tira-o da partida e lança Nini (35') na esperança de se tornar mais ofensivo.
O segundo golo do desafio, surge de livre, Moisés (37') cruza a bola para João Carlos que mesmo com oposição se eleva mais que Paulo Alexandre e cabeceia para o fundo das redes defendidas por Carou.
A igualdade acalmava os ânimos dos jogadores do Covilhã que iam para os balneários pouco depois.
No reatamento subiam duas equipas determinadas a conquistar os três pontos, foi do Chaves a primeira ocasião da segunda parte, João (57') surge com perigo na área atira primeiro contra um defesa e depois à figura de Celso.
Marco Abreu (63') dá o lugar a Hermes que vai se posicionar no ataque e Rogério Gonçalves responde com a saída de Isidro (66') entrada de Manduca, na tentativa de refrescar o ataque.
O meio campo pendia agora a favor da equipa da casa e André Cunha (69')faz bom trabalho á entrada da área e remata para difícil defesa de Carou.
André Cunha (73') entra na área e finta Kasongo que estica a perna e o derruba, o árbitro apita, mas mal decide contra o Covilhã e exibe o amarelo ao jogador serrano. Paquito (74') é substituído por Rony.
Ricardo (79') remata de longe mas o esférico sai ligeiramente ao lado do poste.
Rui Morais (81') infeliz, pisa a bola no centro do terreno de jogo e cai, rápido Manduca recupera e aproveita para se isolar, à saída de Celso remata cruzado mas mal. Sérgio (87') rende Edú Brasil e Luis Claúdio (90') já em tempo de descontos a substituir João.

"O resultado é injusto, muito por obra da arbitragem"

No final do encontro, Rogério Gonçalves em conferência de imprensa salientou no jogo a competividade e o empenho dos jogadores das duas equipas, considerando o resultado justo, pois acredita ter sido uma partida equilibrada. Em relação à arbitragem não se quis pronunciar referindo apenas que no lance polémico da possível grande penalidade "não lhe fora tão evidente como o foi para o público no Santos Pinto".
Já o técnico João Cavaleiro fez questão de salientar, "o terreno era difícil, o adversário também mas a vitória fugiu-nos porque o árbitro a não quis". "Dei os parabéns aos jogadores, mas considero o resultado injusto, foi o possível, esta equipa de arbitragem prejudicou-nos muito, uma vez que decidiu sempre contra a minha equipa" concluiu.
O Covilhã mantêm o quarto posto da II liga, e vai defrontar fora o Naval para a 15ª jornada, depois só volta a jogar a 12 de Janeiro uma vez que já realizou antecipadamente o desafio da 16ª contra o Alverca (2-0).