A Nova Penteação está a viver dias
difíceis
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Tribunal recusa alienação
de património
Nova Penteação pode avançar
para Processo de Recuperação
O Tribunal da Covilhã recusa a alienação
de património da Nova. Agora, o caminho mais provável é avançar
com o processo de recuperação da empresa.
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João Alves
NC/Urbi et Orbi
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O Tribunal da Covilhã extinguiu na quinta
feira, 5, a Providência Cautelar interposta por António Aguilar e Artur
Lã Rosa. Recorde-se que estes dois administradores da Nova Penteação
tentavam assim impedir uma operação de financiamento aprovada pelo
Conselho de Administração da Empresa, um "lease-back" que
envolvia património e parte do parque de máquinas da empresa.
Porém, agora, segundo o Tribunal, a operação de alienação
não pode ser realizada, até porque a Comissão Executiva do
Conselho de Administração, liderada por Vasco Lino (que se encontra
demissionário), já estava a negociar com a banca outras formas de
financiamento, que envolviam apenas a entrega de garantias bancárias, sem
pôr em risco o património da Nova. Só que, os bancos terão
acabado por considerar nula a proposta depois de ter sido adiada para dia 21 a Assembleia
de Accionistas, já que a reunião marcada para dia 7 acabou por não
se realizar, por falta de quórum. Pelo menos, é isso que refere o
ainda presidente do Conselho de Administração, Vasco Lino.
Durante o julgamento, o advogado de António Aguilar e Artur Lã Rosa,
Francisco Pimentel, terá mostrado a disponibilidade dos seus dois clientes
em se demitirem do Conselho de Administração. E adianta que, se não
se concretizar a proposta de financiamento, negociada com a banca, não resta
outra solução à Nova que não seja recorrer ao Processo
Especial de Recuperação de Empresas, ao abrigo do Decreto-Lei 132.
O assunto já deverá ter sido analisado numa reunião do Conselho
de Administração.
Vasco Lino, no entanto, salienta que a posição dos outros dois administradores
é "um aligeirar de responsabilidades". Como se encontra demissionário,
Lino frisa que não irá assumir mais qualquer tipo de negociação
com a banca, já que sozinho, considera não ter condições
para tal. O presidente do Conselho de Administração diz mesmo que,
caso Aguilar e Lã Rosa queiram invocar o Decreto-Lei 132, "que o implementem".
Porém, garante ter deixado trabalho feito, que os dois administradores poderão
aproveitar, caso entendam fazê-lo. Em aberto estará ainda a possibilidade
da PME-Investimento, empresa de capital de risco do Estado, entrar na estrutura
accionista da empresa.
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