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A Ciência em Festival
De 25 a 28 de novembro a UBI realizou uma extensão do Teleciência
- Festival Internacional de Divulgação Científica (2002),
no Anf.1, nomeadamente com a exibição dos filmes a concurso, uma
conferência da Mestre Reina Pereira do Dept. de Letras intitulada: "Interlúdio
de uma romagem glótica a Babel" e contribuiu para a selecção
do filme para atribuição do prémio Universidades.
Os filmes premiados na edição de 2002 foram:
Prémio Arte: Descendência (Canadá, Real. Barry Stevens,
Tema Genética);
Prémio Ciência: O homem que queria classificar o mundo (Bélgica,
Real. Françoise Levie, Tema Novas Tecnologias);
Prémio Divulgação: Mosquitos: alerta (França,
Real. Thierry Berrod, tema Biologia);
Prémio Universidades: Quinta de orgãos: um mundo à
parte (Grã-Bretanha, Real. Frank Simmonds, Tema Genética).
O objectivo principal deste festival é, claro,
a exibição de filmes científicos. Mas, dada a fraca cultura
científico-cinematográfica que assola Portugal e, em geral, grande
parte dos países europeus, o Teleciência tem, para além da
organização de conferências e workshops, dedicado muito do
seu esforço na publicação de bibliografia sobre o filme científico.
Sob a chancela do Cine-clube de Avanca foi editado em 2001 o livro de Bienvenido
León: "O documentário de divulgação científica",
e em 2002, um livro com um conjunto de artigos intitulado: "A divulgação
científica nos media - contributos".
No prefácio ao livro de Bienvenido León, Maria João Faceira,
explica o que é um filme científico: "Os documentários
de divulgação científica não são meras declarações
de resultados de experiências científicas publicadas, nem tão
pouco aulas oferecidas a alunos motivados nessa área científica.
Também não se trata de um serviço informativo simples e reducionista,
nem tão pouco de um discurso hermético destinado apenas aos que
dominam a área do saber em causa. Divulgar ciência em televisão
é servirmo-nos desse meio aberto e acessível a todo o público,
para dar a conhecer factos, processos e realidades da esfera do saber científico,
de uma forma agradável, acessível e motivadora para prender audiências."
Os filmes exibidos no Teleciência são um exemplo de como é
possível explorar a relação entre a Ciência e a Arte.
Ou seja, se por um lado, esses filmes nos fornecem informações com
o devido rigor científico, por outro lado, fazendo uso dos recursos do
meio audiovisual, divulgam esses conhecimentos de modo acessível, promovendo
o interesse pela investigação e, em especial, pelos resultados de
investigações científicas, nas mais diversas áreas:
Medicina, Novas Tecnologias, Ciências Humanas, etc.
O Teleciência foi criado em 1999, pela UTAD sob a direcção
da Prof. Dra. Maria João Faceira. A UBI faz parte de uma já vasta
rede de extensões deste Festival. Participam como extensões, para
além da UBI, as seguintes Universidades: Aveiro, Açores, Coimbra,
Évora, Trás-os-Montes e Alto Douro (Vila Real, Chaves e Miranda
do Douro) e Aberta (Lisboa, Maia e Sintra), os Institutos Politécnicos
de Bragança, Tomar e Viseu, a Escola Superior Artística do Porto,
o Cineclube de Faro, a Câmara Municipal de Penafiel, o Pavilhão do
Conhecimento (Lisboa) e o Centro de Ciência Visionarium (Feira). No Brasil
as extensões decorrem nas Universidades de Belo Horizonte, Campinas, Curitiba,
Goiania, Motumbi, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, São
Paulo e São Luís, com o apoio da FUNDAC e UME. No Chile as exibições
têm o apoio do movimento VER CIÊNCIA.
Em 2003 decorrerá a V edição do Teleciência. Até
lá.
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