Escolas Superiores de Saúde e Artes Aplicadas
Obras de construção adiadas para 2004

Apesar de já estarem inscritos em PIDDAC, os trabalhos nas escolas de Saúde e Artes só vão ter início em 2004.

Céu Lourenço
NC/Urbi et Orbi


O início das obras para a construção das escolas superiores de Saúde e de Artes Aplicadas de Castelo Branco, foram adiadas para o ano de 2004.
Valter Lemos, presidente do Instituto Politécnico de Castelo
Branco, explica que "embora as obras estejam inscritas em PIDDAC de 2003, com uma verba simbólica, significa que não vão poder arrancar, pelo que temos de esperar que tal aconteça no ano seguinte".
Valter Lemos, mostra-se confiante na construção destes novos
estabelecimentos de ensino, porque "são as escolas que maior procura têm em todo o Interior do País, estando neste momento as aulas a decorrer em instalações provisórias, não podendo continuar a funcionar deste modo, dado o número elevado de alunos".

Competir com Espanha "é difícil"

Estas escolas, segundo o presidente do Politécnico albicastrense
"correspondem a necessidades nacionais, que de acordo com o anterior e o actual Governo referem que são prioridades do Ensino Superior, a saúde e as artes, pelo que não há razão nenhuma para esta situação".
Quanto ao início das obras para 2004, Valter Lemos, diz estar confiante que tal aconteça. "Espero que o Governo faça e que cumpra, já que não me parece susceptível de não o fazer, porque se tal acontecer, fica com um problema grave às costas, que é o funcionamento das escolas".
O responsável pelo Instituto Politécnico de Castelo Branco, salienta que "há investimentos no Ensino Superior a decorrer no Litoral do País, sendo
importante que os governos se apercebam que este tipo de opções também é percebido pelas pessoas. O que acontece é que o Piddac do Ensino Superior está em cerca de 86 por cento actualmente concentrado em quatro distritos do Litoral". Perante esta situação, diz Valter Lemos "isto é muito mau, porque ao longo dos últimos anos, fez-se um investimento de grande valor numa rede do Ensino Superior no Interior , que teve um impacto enorme e positivo para esta região. Julgo que o País não seria o que é, se não tivesse esta rede de Ensino Superior. É impensável voltar atrás".
O presidente do Politécnico lembra que "em Espanha existem instituições do Ensino Superior que são fortíssimas e portanto como é evidente, por exemplo em Salamanca, Badajoz e Córdoba estudam centenas de
portugueses. Se nós não conseguirmos fortalecer as nossas instituições, tal vai significar o adornar do País para o Litoral e para Espanha"concluiu.