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Nos Açores, o Covilhã comemorou duas vezes e seguiu em frente na Taça de Portugal

Ficha do Jogo

Campo de Jogos Estádio Praia da Victória (Açores)
(24-11-2002)


Árbitro: Paulo Paraty (Porto)
Auxiliares: José Luís Melo e José Cardinal

Praiense- 0
Lama, Pedro, Roberto (81), Pedro Luís, Faria, Moreira, Nuno Lima, Vitor, Azevedo(83), Roque, café (59), Moisés, Sabugueiro, Milton.
Treinador: Celestino Ribeiro

Sp. Covilhã- 2
Luciano, Rui Morais, Edgar, João Carlos, Trindade (cap.), Capelas, Moisés (interv.), Nino, Nii Amo (63), Mauro, Hermes, Paquito (58), marco Abreu, André Cunha.
Treinador: João Cavaleiro

Ao Intervalo: 0-0
Marcadores: Edgar (76) e João Carlos (86).

Disciplina: cartão amarelo a Sabugueiro (28) e João Carlos (27).

Figura do Jogo: Edgar
Em campo quase não se dá por ele. Isto porque ocupa uma posição na qual só se repara quando se cometem erros. E erros é coisa com que este central ainda não habituou o público covilhanense. Sempre seguro, eficaz e muito discreto, Edgar demonstra uma maturidade em campo muito pouco própria de quem tem apenas 23 anos.
No último domingo marcou o primeiro para os serranos num jogo onde os avançados tiveram muito pouco espaço de manobra e somou "decisivo" à lista de adjectivos usados para o caracterizar. Não dá nas vistas mas, por alguma razão, é o único totalista a titular no plantel à disposição de João Cavaleiro.

Covilhã em frente na Taça de Portugal
Eixo defensivo dá vitória nos Açores

Com golos dos dois centrais da equipa, Edgar e João Carlos, o Sporting da Covilhã passa à quinta eliminatória da Taça de Portugal. Ainda assim, o Praiense fez a vida negra aos serranos, que só nos últimos 15 minutos conseguiram decidir o jogo.


NC/Urbi et Orbi


O Sporting da Covilhã vai disputar a quinta eliminatória da Taça de Portugal. Nos Açores, os serranos visitaram o modesto Praiense, da III Divisão, e fizeram o que lhes competia: ganharam.
No entanto, não se pense que foi fácil este triunfo (0-2) do conjunto leonino no arquipélago açoreano. A equipa continental dominou sempre a partida, mas os locais tudo fizeram, e quase conseguiram, para levar o jogo para prolongamento e, porventura, para os penaltis.
João Cavaleiro apresentou um onze inicial voltado para o ataque, com André Cunha e Hermes na frente apoiados nos flancos por Marco Abreu e Nini. Contudo, as jogadas de perigo escassearam, muito por culpa da densa e bem organizada defesa praiense, mas também devido a alguma displicência da parte dos avançados serranos. Logo aos 10 minutos, o regressado Nini, em posição privilegiada, não consegue mais que um canto e, pouco depois, em posição frontal atira forte, mas muito por cima.
Com um futebol pouco acutilante, o conjunto local ia adormecendo os leões, que raramente conseguiam penetrar na grande área com perigo. À passagem da meia hora, os açoreanos criam a única oportunidade da primeira parte na sequência de um canto, e pouco mais fizeram.

Edgar e João Carlos decisivos

Ne segunda metade, João Cavaleiro faz entrar Moisés para o lugar do veterano Capelas numa aposta clara em pressionar os locais em cima da sua área. O Covilhã encarou a partida com novo ânimo e, em apenas cinco minutos dispõe de duas oportunidades flagrantes para se colocar em vantagem. Mas, em tarde inspirada, o guardião Lama opõe-se com categoria, primeiro a Marco Abreu, depois a Rui Morais.
Aos 15 minutos da segunda parte, Cavaleiro refresca o ataque e lança Paquito para o lugar de Hermes. Mas a defensiva local continuava irrepreensível, pelo que os "leões" começam a tentar o remate de fora da área. Primeiro foi André Cunha que atirou escassos centímetros ao lado do poste esquerdo de Lama, e depois Marco Abreu que cruzou para um cabeceamento de João Carlos que o guardião afastou com dificuldade.
Os serranos continuavam a pressionar e, como "água mole em pedra dura, tanto bate até que fura", o golo surge sem surpresas aos 71 minutos. Um tento apontado, na sequência de um canto, pelo mais regular jogador covilhanense, Edgar, que subiu desde o eixo da defesa à grande-área contrária para desequilibrar o marcador.
Faltavam, então, cerca de 20 minutos para o final da partida e, sem nada a perder, o Praiense abandona a sua postura defensiva para tentar recuperar a igualdade. Só que a nova atitude mais agressiva da turma orientada por Celestino Ribeiro, ao expandir-se no terreno deu mais espaço aos beirões para jogar próximo da grande área. No entanto, é novamente de bola parada que o Covilhã amplia a vantagem: Marco Abreu marca um livre do lado direito e coloca a bola na cabeça de João Carlos que, mais uma vez, provou ser eficaz neste tipo de lances.
O Covilhã só teve, depois, que controlar o jogo e gerir o resultado até final. Os serranos seguem, assim, para a quinta eliminatória da Taça de Portugal mercê da eficácia dos dois esteios da defesa, Edgar e João Carlos, que já havia feito o gosto ao pé no último jogo da II Liga, frente ao Estrela da Amadora.