Acompanhados dos respectivos fantoches, os pequenos actores
deram uma lição de civismo em Cantar Galo
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Teatro no S. Vicente de Paulo
Crianças dão lição
de cidadania
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Alexandre Silva
NC/Urbi et Orbi
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O programa de Actividades de Tempos Livres (ATL)
do projecto Grão-a-Grão, na freguesia de Cantar Galo, Covilhã,
começou a dar frutos. As crianças que frequentam o ATL apresentaram,
no último sábado, 23, uma pequena peça de teatro de marionetas
no salão do CCD S. Vicente de Paulo.
A encenação, composta por várias histórias interligadas
entre si, retratavam a vida numa pequena aldeia. Uma aldeia com os mesmos problemas
de qualquer outra do País, e que bem podia ser a de Cantar Galo. Desde o
insucesso escolar à defesa do ambiente, passando pelo alcoolismo e pela violência
juvenil, os actores de palmo e meio alertaram as cerca de 60 pessoas presentes no
espectáculo para os problemas decorrentes da falta de civismo na convivência
em sociedade.
A peça surgiu, assim, como um ponto de partida para uma possível discussão
dos problemas que afecta as freguesia, principalmente no campo do relacionamento
social. E, performance à parte, o esforço das 16 crianças com
idades compreendidas entre os seis e os 13 anos, resultou numa verdadeira lição
de cidadania.
Segundo a animadora do ATL, Helena Caramelo, que orientou os ensaios durante o último
mês, "a mensagem implícita na peça passou para a audiência".
Apesar de o debate final programado não ter a participação
esperada, Maria Rosa Duarte, técnica do projecto Grão-a-Grão,
sublinha que, "só o facto de a casa ter estado cheia para assistir à
peça é positivo". Segundo a responsável, "há
sempre alguma coisa que fica, que se aprende".
Presente na actuação, Carlos Sousa, presidente da Junta de Cantar
Galo, lembra que "certos comportamentos das pessoas são difíceis
de mudar". Mas pelo menos, conclui, "estas crianças deixaram-nos
muito em que pensar.
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