Extinção dos mini-concursos agrada sindicato
"Um bom passo no combate à burocracia"
-afirma Dulce Pinheiro, do SPRC

Laura Sequeira
NC/Urbi et Orbi


O ministério da Educação quer fazer alterações no que diz respeito ao actual regime de concurso de professores. A modificação prende-se com o facto de o Governo querer passar a pôr à disposição dos professores um único momento de candidatura, em vez das três fases que actualmente existem e a unificação do processo para todos os níveis de ensino.
O ministério pretende simplificar e encurtar o processo de recrutamento que leva a que, em algumas escolas, se inicie o ano lectivo quando ainda faltam colocar alguns professores A candidatura única deverá ocorrer em Janeiro e Fevereiro.
Dulce Pinheiro, do Sindicato de Professores da Região Centro (SPRC) esclarece que ainda não teve acesso ao documento, mas que a extinção dos mini-concursos "embora pareça um aspecto técnico e de menor importância, pode ser um bom passo no combate à burocracia e na simplificação dos concursos", refere.
Segundo a sindicalista "havia aspectos dos mini-concursos que eram uma aberração". Dulce Pinheiro salienta ainda que "é imprescindível que se faça alguma coisa sobre a vinculação dos professores".
Outros dos aspectos que Dulce Pinheiro foca é a necessidade de legislação nova no que diz respeito aos concursos para colocação de professores. "A legislação que temos data de 1988, é uma manta de retalhos", explica a membro do SPRC. Dulce Pinheiro refere ainda que "é mesmo urgente que se alterem os concursos porque estão desactualizados em relação à realidade educativa".
O SPRC critica, no entanto, o facto do ministério querer pôr em prática a nova legislação já em Janeiro. "É uma matéria muito sensível, pode determinar se um professor fica perto ou longe de casa", esclarece a sindicalista que garante que vão negociar a proposta com o ministério e vão querer ver no terreno como as coisas funcionam para os professores.