Flamarion (nº 3) expectante enquanto Trindade conduz o ataque serrano


Ficha do Jogo

Campo de Jogos Estádio José Santos Pinto (Covilhã)
(06-10-2002)


Árbitro: Isidoro Rodrigues (Viseu)
Auxiliares: andré Cunha e Castaínça

Sp. Covilhã- 1
Celso, Rui Morais, Piguita, Roni (35), João Carlos, Edgar, Marco Abreu, Moisés, Hermes (50), Pinheiro, Trindade (cap.), Paquito, André Cunha (61), Mauro.
Treinador: João Cavaleiro

Est. Amadora- 2
Veiga, Rui Neves, Flamarion, Emerson, Fonseca (cap.), Prokopenko, Afonso (78), Doriva, Tiago Lemos (90), Miran, Rolo, Juari (45), Semedo, Lázaro.
Treinador: Jorge Jesus

Ao Intervalo: 2-1

Marcadores: João Carlos (20), Rui Neves (27), Mirran (33).

Disciplina: cartão amarelo a Paquito (24), Pinheiro (73), Rui Neves (72).

Figura do Jogo: Rui Morais
Um portento em plena Reboleira. Começou o jogo a lateral direito e esteve nas melhores jogadas da primeira parte. No segundo tempo Cavaleiro quis aproveitar a sua velocidade e colocou-o a extremo. Voltou a criar perigo e por pouco não empatou a partida. Abnegado como sempre, no último domingo foi o símbolo da disponibilidade e do trabalho dos serranos.

Covilhã batalhador volta a perder fora
Frustração na Amadora

Na Amadora os "Leões da Serra" estiveram a ganhar mas o Estrela conseguiu dar a volta ao resultado. Na segunda metade o Covilhã batalhou muito mas não conseguiu devolver justiça ao marcador.


Alexandre Silva
NC/Urbi et Orbi



Pela terceira vez esta época o Covilhã regressou a casa de mãos a abanar. Na Amadora, a equipa serrana até se adiantou no marcador com um golo de João Carlos (contra a corrente do jogo, diga-se), mas a mais experiente turma do Estrela deu a volta ainda na primeira parte.
Ciente da valia do plantel amadorense, João Cavaleiro escalou uma equipa com bastantes preocupações defensivas, com Piguita, e Mauro a actuarem à frente dos centrais João Carlos e Edgar. No meio campo, Trindade, Marco Abreu e Moisés ficaram com a hercúlea tarefa de construir jogo e servir o único homem de área, Paquito. As coisas não começaram da melhor forma para o conjunto leonino. Mais possantes fisicamente e tecnicamente mais dotados, os jogadores da Amadora entraram em campo a todo o gás e remeteram os covilhanenses ao seu meio campo. Em poucos minutos, Doriva vê o poste devolver um remate e, depois, é Celso que nega o golo a Miran com uma espectacular defesa.
Aos poucos, a turma serrana começa a libertar-se do coletete de forças imposto pelo adversário e começa a equilibrar a partida, ainda que o Estrela continuasse a ser a equipa com maior ascendente. Aos 20 minutos, na primeira oportunidade criada, o Covilhã chega ao golo: Na sequência de um livre da direita Edgar cabeceia ao poste e, na recarga, João Carlos empurra para o fundo das redes de Veiga. Galvanizados pelo golo os covilhanenses arriscam mais e, dois minutos depois é Mauro que, pressionado dentro da área, não consegue dar o melhor seguimento a um cruzamento do incansável Rui Morais.
Mas a resposta do conjunto local não se fez esperar. Sete minutos depois de sofrer o golo o Estrela chega ao empate numa jogada bafejada pela sorte: Rui Neves corre todo o flanco esquerdo e, à entrada da área, desfere um remate que embate em Mauro e trai completamente Celso. Em pouco mais de cinco minutos a equipa orientada por Jorge Jesus dá a volta ao resultado. Celso desentende-se com a defesa, choca com Miran num lance que deixou muitas dúvidas e, na recarga, o avançado não perdoa.
A perder, João Cavaleiro decide apostar no ataque, faz entrar Rony para o lugar de Piguita e a equipa só ganhou com isso.

Qualidade baixa na segunda parte

Na segunda metade o espectáculo desceu de qualidade. O Estrela recuou no terreno e limitou-se a defender a vantagem, permanecendo imune às álterações tácticas efectuadas por Cavaleiro que terminou a partida com dois pontas-de-lança e com Rui Morais a extremo direito. O covilhanense foi mesmo o primeiro a criar perigo na segunda metade, quando à passagem da meia-hora remata à meia-volta na sequência de um canto da esquerda. O Covilhã tentava de todos os modos chegar à baliza de Veiga, mas a maior experiência dos jogadores amadorenses conseguia manter os beirões à distância. Só nos últimos cinco minutos a formação serrana conseguiu voltar a criar perigo na área visistante, e quase sempre através de iniciativas de Rui Morais e André Cunha. No entanto, nenhuma foi coroada de êxito.
No final, João Cavaleiro mostrava-se insatisfeito com o resultado, principalmente pelo que a sua equipa trabalhou na segunda metade. O Covilhã prepara-se agora para receber o Salgueiros no Santos Pinto.