João Manuel Petrucci defende mais dinheiro para
clubes da II Liga
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Clubes em dificuldades
Petrucci quer mais apoio da Liga de Clubes
ONuma altura em que a crise se abate também
sobre o futebol, o presidente do Covilhã vem alertar para a diferença
de tratamento entre os clubes da I e da II Liga por parte do órgão
máximo da modalidade.
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NC/Urbi et Orbi
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Os clubes da II Liga estão em dificuldades
financeiras e os seus dirigentes viram-se para o organismo que regula a competição,
a Liga Portuguesa de Futebol Profissional, e pedem mais apoios. No domingo, 17,
na Amadora, assistiram à partida entre o Estrela e o Sporting da Covilhã
cerca de três mil e 500 pessoas, mas só porque um empresário
comprou a lotação do Estádio da Reboleira, o que permitiu a
entrada gratuita dos adeptos.
Na Covilhã, diz o presidente do Sporting local, os adeptos deixam nas bilheteiras
uma média de dois mil e 500 euros em cada jogo, o que prefaz cerca de 500
mil euros (mil contos) por mês. "Depois de pagar o policiamento dos jogos
não sobra quase nada", queixa-se. A crise afecta todos os clubes mas
há alguns que se podem queixar mais do que outros. O Sp. Covilhã que
o diga. Petrucci lembra que, devido à situação geográfica,
o clube é obrigado a deslocar-se com um dia de antecedência e a arranjar
alojamento em todos os jogos fora. Uma situação quase única
na II Liga onde militam 12 equipas nortenhas que só têm despesas de
deslocação idênticas quando se deslocam à Covilhã
ou ao Algarve. O presidente dos "Leões da Serra" diz que com os
montantes gastos nas deslocações, o clube poderia contratar mais dois
ou três reforços de qualidade e sustenta que, tal como os clubes das
ilhas têm um subsídio de insularidade, o Covilhã deveria ter
um subsídio de interioridade.
O dirigente beirão vai mais longe e defende que a Liga devia distribuir as
dotações recebidas dos patrocinadores pelos clubes do segundo escalão.
É que, afirma Petrucci, "a presença na II Liga implica as mesmas
despesas que a primeira, ao passo que as receitas são practicamente nulas".
O panorama é tão negro que o dirigente serrano alerta para a possibilidade
de o próprio campeonato estar em risco.
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