"Um milhão de contactos"
Comunistas criticam Pacote Laboral
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Laura Sequeira
NC/Urbi et Orbi
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"Um Milhão de Contactos" é o nome da iniciativa levada a
cabo pela Direcção da Organização Regional de Castelo
Branco (DORCB) do Partido Comunista Português (PCP) que teve início
na passada terça-feira, 12, e termina no final do mês. Os militantes
do PCP vão deslocar-se até junto dos trabalhadores com o objectivo
de os esclarecer em contactos informais e denunciar os perigos do Pacote Laboral.
A campanha, tal como explica Armando Morais, membro da DORCB, "é para
mostrar os perigos deste pacote e a gravidade da situação". No
que diz respeito a propostas de alterações ao anteprojecto, os comunistas
fazem notar que "o Pacote Laboral é tão mau que não há
muitas propostas a fazer".
Segundo o PCP, o Pacote Laboral "exige informações da vida privada
do trabalhador, prevendo processos disciplinares com vista ao despedimento caso
estas não se revelem correctas". Segundo Armando Morais, "o PCP
está a lutar pelo esclarecimento".
Armando Morais refere que o anteprojecto do Código do Trabalho "impõe
contratos a prazo sem qualquer limite de tempo em nove das 11 situações
previstas". "Despedir o trabalhador sem justa causa, portanto sem ter
de pagar qualquer indemnização, por atrasos no início ou reinicio
da actividade, despedir o trabalhador que falte nos dias anteriores ou posteriores
de descanso ou feriados" são mais algumas das críticas que os
comunistas fazem ao anteprojecto.
"Limitar o direito à greve através da introdução
de uma cláusula de paz social" é ainda uma das críticas
que o PCP avança. Os comunistas manifestam ainda "solidariedade aos
trabalhadores da Administração Pública e às suas justas
reivindicações". Armando Morais diz que o PCP se mostra solidário
com a greve geral da passada quinta-feira, 14, " porque são direitos
adquiridos ao longo de muitos anos e que não podem ser postos em causa".
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