O Banco do Tempo no Fundão, que abriu há seis meses, na Câmara,
tem como principal objectivo a troca de serviços. Construir uma cultura
de solidariedade, promover a construção de relações
sociais mais humanas, valorizar o tempo e o cuidado dos outros, promover a articulação
entre várias instituições, estimular os talentos e promover
o reconhecimento das capacidades de cada um independentemente das regras de mercado
são as bases do projecto.
Com 12 membros inscritos, o Banco do Tempo do Fundão tem ao dispôr
de quem estiver disposto a dar e receber, os mais variados serviços. O
acompanhamento ao médico, as pequenas reparações domésticas,
as correcções literárias, lições de pintura
e até mesmo passar a ferro são algumas das actividades que os membros
já estão disponíveis para trocar.
Segundo Teresa Tavares, coordenadora do projecto, o Banco do Tempo "não
é voluntariado, é uma troca de serviços. Os serviços
dados são recebidos". Teresa Tavares explica ainda que a iniciativa
se caracteriza por "ser um banco como outro qualquer, mas aqui a moeda de
troca é o tempo".
Segundo os princípios do Banco do Tempo, "não há serviços
mais valiosos do que outros". Um dos requisitos do projecto é que
"os serviços prestados correspondam a actividades não profissionais
que se realizem com gosto".
A adesão ao Banco do Tempo é voluntária e as trocas são
indirectas, ou seja, "os serviços trocados são, preferencialmente
entre gente que não se conhece", salienta Teresa Tavares.
A coordenadora do projecto explica que quando se quer um serviço basta
"ir à agência e procurar um membro que esteja disponível".
Teresa Tavares garante que o projecto é regulado por uma "filosofia
de interesse comum".
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