Covilhã perde na Maia
Água fria ao cair do pano

Um golo já em período de descontos sentenciou a terceira derrota do Covilhã na II Liga. Ainda assim, os serranos continuam nos lugares cimeiros.

Alexandre Silva
NC/Urbi et Orbi


O Covilhã esteve a poucos segundos de conseguir trazer um ponto da Maia, no domingo, 3. Numa partida com poucos momentos de interesse, a turma de João Cavaleiro conseguiu sempre conter as ofensivas maiatas. Excepto ao minuto 90, quando Lito correspondeu da melhor forma a um cruzamento irrepreensível de Cássio.
Com uma equipa ainda a recuperar de um jogo realizado quatro dias antes, para a Taça de Portugal, que se arrastou por 120 minutos, João Cavaleiro foi obrigado a efectuar algumas alterações e a apresentar novidades. À frente de um quarteto defensivo composto por Pinheiro, Rui Morais, João Carlos e Edgar, o técnico serrano colocou Piguita e Edgar, a desempenharem as funções de trinco. Mais libertos para o ataque, Moisés, à direita, e Marco Abreu, à esquerda, tinham como função fazer chegar a bola a André Cunha. No entanto, o homem mais avançado do Covilhã raramente conseguiu arranjar espaços para criar perigo. Ao fim da primeira parte contabilizavam-se dois remates para cada lado, sem que nenhum deles representasse perigo iminente.
Na segunda parte, João Cavaleiro sentiu que podia ganhar a partida e abre a frente de ataque ao lançar mais um avançado, Hermes, para o lugar de Piguita, que ainda não atingiu a forma ideal. A turma beirã tornou-se mais consequente e passou a dominar o jogo sem, contudo, conseguir marcar. O técnico serrano volta a mexer na equipa e refresca o ataque ao lançar em campo Paquito e Nini. No entanto, os dois jogadores não trouxeram nada de novo nem a dinâmica que o técnico pretendia. Ao invés, a aposta no ataque resultou em perda de predominância no meio-campo, o que se viria a revelar fatal. O técnico José Pedrosa aproveita o balanço ofensifvo do Covilhã e lança em campo dois médios experientes (Major e Bruno Caires) que partiram em dois a equipa covilhanense. Os últimos quinze minutos foram de sufoco para os leões que não conseguiam sacudir a pressão dos da casa. Por isso, a surpresa não foi muita quando, já em período de descontos, Lito cabeceou para o fundo das malhas de Celso, dando os três pontos à equipa da casa.
O Covilhã acusou o desgaste de três jogos no espaço de uma semana e perdeu a hipótese de se isolar na terceira posição, uma vez que, em Penafiel, o Marco não evitou a derrota.