Trindade conduz ataque do Covilhã
Ficha
do Jogo
Campo
de Jogos Estádio José Santos Pinto (Covilhã)
(10-10-2002)
Árbitro: Paulo Baptista
Auxiliares: Alexandre Torres e Arlindo Santos
Sp. Covilhã- 2
Celso, João Carlos, Moisés, Pinheiro, Trindade ( Capitão),
Marco Abreu, Paquito, Mauro ( 71' Piguita), Edgar, André Cunha
( 61' Hermes), Rui Morais ( 75' Nini);
Suplentes não utilizados: Luciano, Capelas, Tarantini, Rony.
Treinador: João Cavaleiro
União de Lamas- 0
Mota, Tavares, Banjai
( 62' Dany), Fernando, Jorge Silva, Luís Miguel, Toni, Magalhães,
Joel
( 78' Márcio), Cristiano, Vladimir;
Suplentes não utilizados: Sérgio, Zé Américo,
Alfredo Almeida, Romão, Sílvio.
Treinador: Jorge Silva
Ao Intervalo: 0-0
Marcadores: Paquito
( 50' e 55')
Disciplina: cartão
amarelo a Mauro (56'), Pinheiro (83'), Trindade (86'), Tavares (26'),
Toni (44'), Vladimir (48'), Cristiano (87').
Figura do jogo: Paquito
O Lamas que deu o domínio do jogo ao Covilhã teve uma primeira
parte feliz mas logo no início da segunda parte, Paquito matou
a estratégia do Lamas, aproveitando duas oportunidades e empurrando
a equipa serrana na conquista dos 3 pontos. A chave do jogo que empurrou
o Covilhã para a terceira posição da II Liga.
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Leões celebram os 18 pontos
Paquito marca contra crise
À recepção do lanterna
vermelha da II Liga, o União de Lamas, já se podia antever um jogo
de um só sentido. A equipa visitante atravessa uma crise directiva e de
pontos e ao Covilhã competia vencer e mais convencer.
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Por Paulo Galhardo
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A décima jornada opôs uma equipa bem
colocada na tabela contra aquela que pior está. O União de Lamas,
capitaneado e treinado pelo jogador Jorge Silva não foi capaz de impedir
a vitória do Covilhã no Santos Pinto. Na luta por lugares cimeiros,
o Covilhã partiu cedo em busca dos pontos, mas pela frente teve uma equipa
que não concedia grandes oportunidades de golo.
Na primeira parte, com um jogo confuso e descaracterizado, Cavaleiro viu só
por duas ocasiões o domínio da sua equipa criar perigo a Mota, primeiro
Edgar (21') que correspondeu de cabeça a um excelente cruzamento de Marco
Abreu atira com perigo mas ao lado, através de um belo trabalho individual
de André Cunha (31') à entrada da área, que remata rasteiro
a rasar o poste.
Mesmo com superioridade sobre o adversário, a equipa serrana não
conseguia pautar um jogo regular e perigoso para a baliza do Lamas, que mesmo
defendendo muito, fê-lo com muito acerto, ainda que não tenha criado
nenhuma oportunidade para surpreender o Covilhã.
A segunda parte começou com mais velocidade imprimida pela equipa da casa.
A jogar melhor e mais disciplinados tacticamente, os jogadores cedo celebraram
o golo com os seus adeptos. Paquito (50') rematou isolado na sequência de
uma jogada de insistência em que Mauro cabeceia para a entrada da área.
Rui Morais, em disputa com os centrais do Lamas, deixa-se cair, mas a bola segue
para o avançado que não perdoou na cara de Mota. Quase sem se dar
por isso passavam cinco minutos e de novo Paquito aparecia totalmente sozinho
a aproveitar um ressalto de uma defesa incompleta de Mota, que não conseguiu
segurar a bola rematada com violência por Moisés à entrada
da área. Com muito tempo Paquito puxou bem atrás o pé e rematou
em estilo para o fundo das redes do Lamas.
O Lamas operou substituições, reagiu bem e abriu o seu jogo, subindo
os seus elementos no terreno, e logo com uma subida do seu central, Fernando (65')
criou desequilíbrios numa investida desde o meio campo, driblando três
jogadores e com uma abertura para Dany, que isolado não conseguiu aproveitar
e atirou a rasar o poste. Joga-se bem e novamente o perigo ronda a baliza de Celso
quando Vladimir atira de cabeça ligeiramente por cima em cruzamento tenso
de Márcio.
O jogo teve oportunidades nas duas balizas, Marco Abreu (71') cobrou um livre
e colocou na cabeça de João Carlos que tentou marcar a Mota, que
em recurso defendeu bem para canto. Foi novamente Dany (83') quem desperdiçou
uma oportunidade soberana, não aproveitando um passe de Márcio a
desmarcá-lo, e só para Celso, atirou ao lado.
Os técnicos disputavam agora o jogo pelo jogo. Se na primeira parte, e
até ao segundo golo do Covilhã, o Lamas defendia com onze, a partir
desta altura procurou a baliza dos da casa, e o espectáculo foi mais bonito,
dignificando a vitória do Sporting da Covilhã e possibilitando ao
União de Lamas demonstrar que tem uma força anímica para
conseguir mais do o que fez até agora, na II Liga.
" Acreditamos que na próxima semana surjam
novidades, esperamos ultrapassar a crise"
No final do encontro, João Cavaleiro, técnico
do Covilhã comentou que a sua equipa esperava encontrar uma equipa difícil,
defensiva e concentrada na conquista de pontos, mas os seus jogadores foram
mais inteligentes e diligentes, ganhando para eles uma posição
segura no campeonato - são os terceiros na classificação
à entrada para a 11ª jornada. No ar deixou ainda o aviso de que
seu clube tem que estar preparado para os três próximos desafios,
que são muito complicados: deslocação à Amadora,
recepção do Salgueiros e saída ao campo do Farense.
Jorge Silva, jogador e capitão da equipa, foi o técnico apontado
interinamente pelo Lamas para assumir a responsabilidade de "segurar o
barco, mantendo unida a equipa e tentando dar alguma esperança para o
futuro", afirmou. A equipa, que está a viver uma crise interna,
sem direcção e mal colocada na Liga, vendeu cara a derrota e mostrou
valor. "Somos mais equipa depois desta exibição na Covilhã,
tivemos uma boa prestação e acreditamos ter conquistado interiormente
muita coisa" afirmava o capitão.
Quando questionado se vai ser o técnico para o resto da temporada afirmou
"trata-se de uma situação temporária, acreditamos
que na próxima semana surjam novidades, e com elas esperamos ultrapassar
a crise".
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