A Serenata deu início à semana de Recepção
ao Caloiro
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Serenata 2002
Capas negras no Calvário
Mesmo sem o tradicional fogo de artifício
a Serenata juntou centenas de capas negras para mais uma noite de fado.
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Por Sílvia Lopes
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Os estudantes da UBI deslocaram-se no passado
domingo ao Calvário para ouvir mais uma Serenata. A iniciar o programa da
Recepção ao Caloiro 2002, a Serenata contou com a presença
do Grupo de Fados e Guitarradas de Coimbra Verdes Anos.
Pouco passava da meia-noite já a voz de António Dinis ecoava em frente
à capela. A nobreza das guitarras espelhava o respeito que, pouco a pouco,
os estudantes da academia vão adquirindo pela Serenata. "Em Coimbra
- explica João Martins, guitarra clássica, - é completamente
proibido falar. Mas notámos que este ano as pessoas se mostravam mais interessadas".
A isto, deve-se também a aposta da AAUBI em aumentar a qualidade do som e
a intensidade da luz, o que facilitou a concentração dos estudantes
no pequeno recinto.
Apesar de ser considerada por muitos a melhor Serenata de sempre, a falta de fogo
de artifício não passou despercebida. Para Regina Freitas, recém
licenciada na UBI, este é um erro crasso "por muito que a associação
tenha falta de verbas o fogo de artificio simboliza o inicio de um novo ano, o principio
da recepção, há que fazer opções". Ana Cruz,
presidente da Associação Académica, explica que não
se tratou de opções, "simplesmente não havia dinheiro".
O que é certo, é que o misticismo da Serenata, envolta nas suas capas
negras, trouxe luz à noite de vários habitantes da Covilhã.
Que a tradição se mantenha, com ou sem verbas, com ou sem fogo de
artificio.
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