Pedro Mariano não acredita no êxito do concurso
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RTP reestrutura Centros de Emissão
Regionais
Transferência para a cidade vale 20 mil
euros
O trabalhador da RTP que esteja num grande
centro e pretenda vir para Castelo Branco ganha, logo à partida, 20 mil
euros. É esta uma das medidas de reestruturação levada a
cabo nos Centros Regionais.
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Carla Loureiro
NC/Urbi et Orbi
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A "política
de emagrecimento" da actual administração da Rádio Televisão
Portuguesa (RTP) continua. Agora surge um concurso interno, cujo prazo termina hoje,
sexta-feira, 25, de transferência de local de trabalho. Face ao terminus dos
contratos a prazo de muitos dos trabalhadores, onde se incluem os profissionais
do Centro de Emissão Regional (CER) de Castelo Branco e no âmbito do
processo de reestruturação da empresa, o concurso tem como objectivo
o preenchimento dos postos de trabalho, por transferência definitiva, para
os Centros de Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora e Faro. Pertencer
aos quadros da estação de televisão pública e ser dispensado
do serviço a que está afecto são os requisitos pedidos aos
candidatos.
"Um documentalista pode vir a ocupar o lugar de um jornalista ou de repórter
de imagem", alerta fonte do CER albicastrense. Ao concurso podem candidatar-se
os trabalhadores oriundos de categorias profissionais como documentalista, auxiliar
de serviços, secretário, ente muitos outros. A mesma fonte, no entanto,
recorda que esses interressados vão ter que receber formação,
algo que os actuais profissionais já possuem e não percebe como é
que é possível a empresa atribuir um valor liquido de 20 mil euros
aos candidatos que venham a ser seleccionados, a título de compensação
por despesas relativas à transferência definitiva de local de trabalho.
Confrontado com esta situação, o coordenador do Centro de Emissão
Regional de Castelo Branco, Pedro Mariano, afirma que "a ideia é emagrecer
a RTP e todos os custos que ela tem". Pedro Mariano diz que a actual administração
de Almeirindo Marques persegue o objectivo "drástico" e "radical"
de "cortar" o mais possível. "Em termos de gestão,
não querem mandar pessoas para a rua e abrir uma outra porta, a contratar
mais profissionais", justifica Mariano.
Quanto à compensação de 20 mil euros, Pedro Mariano encara
o "bónus" como "um incentivo às pessoas que queiram
deixar a sua vida e local de trabalho para virem para Castelo Branco. Não
acho mal nenhum nisso", diz, ressalvando que "não é com
20 mil euros que vêm para o Interior". E continua: "Acho muito bem
que se dêm incentivos, porque esses trabalhadores vêm ganhar o mesmo
que ganham em Lisboa, ao contrário dos profissionais dos CER's que recebem
o dobro". Porém, o coordenador não acredita que o concurso vá
ter muitos candidadatos, esperando por isso, que a administração da
RTP encontre uma forma de possibilitar aos trabalhadores, cujos contratos são
a termo, a sua permanência.
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