Os distritos de Castelo Branco e da Guarda vão dispor até 2006
de 85 milhões de euros (17 milhões de contos) para prevenir e combater
o desemprego. A garantia foi dada por Bagão Félix na passada sexta
feira, 25. O ministro da Segurança Social e do Trabalho apresentou no Fundão,
um conjunto de medidas que serão implantadas em 20 concelhos dos dois distritos.
As propostas visam minorar os efeitos da crise da indústria têxtil
que se vive na região e ao mesmo tempo contribuir para o desenvolvimento
de actividades económicas que constituam alternativas de emprego.
Segundo Bagão Félix, o Plano de Intervenção para a
Beira Interior pretende "proteger quem está desempregado, prevenir
o desemprego, formar e qualificar pessoas e ajudar ao auto-emprego". O ministro
lembra que se trata de um esforço significativo por parte do Governo numa
fase de restrição orçamental. "São mais de quatro
milhões de contos por ano canalizados para a protecção social,
formação e enriquecimento profissional", salienta.
A aplicação do plano vai incidir em três medidas específicas.
O programa GESTIC consiste em acções de formação em
Tecnologias da Informação e da Comunicação complementadas
com estágios em empresas. Esta medida é destinada a jovens diplomados
com dificuldades de inserção no mercado de trabalho. O programa
FACE foi outra das medidas apresentadas pelo ministro. Trata-se de apoiar os trabalhadores
em risco de desemprego com acções de formação para
profissões ou actividades a desempenhar dentro da mesma empresa. Por último,
Bagão Félix falou no programa Emprego-Família. Pessoas desempregadas
podem substituir, embora que de forma temporária, trabalhadores ausentes
do seu posto de trabalho por apoio à família.
O ministro da Segurança Social e do Trabalho salienta que "estes elementos
têm uma função não só reparadora, mas também
preventiva". Bagão Félix explica que com estas medidas o ministério
que tutela dá o primeiro passo para um conjunto de acções
que devem ser aplicadas na região pelo Ministério da Economia. Mas
quanto a esta questão o ministro não quis adiantar mais nada.
Manuel Frexes, presidente da Câmara Municipal do Fundão, considera
que o Plano de Intervenção "vem dar esperança e ao mesmo
tempo algum alívio a muitas famílias e aos trabalhadores que vêem
os seus postos de trabalho em perigo ou já estão desempregados".
O plano apresentado entrou imediatamente em vigor. Surgiu depois de várias
reuniões do Grupo de Trabalho criado pelo Governador Civil de Castelo Branco
com o objectivo de diagnosticar a crise e definir estratégias de intervenção
a propor ao Governo. A execução das medidas apresentadas por Bagão
Félix é da responsabilidade do Instituto de Emprego e Formação
Profissional.
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