Em Portimão o Covilhã esforçou-se, mas foi sempre a equipa da casa que dominou

Ficha do Jogo

Estádio do Portimonense
(20-10-2002)


Árbitro: Olegário Benquerença (Leiria)
Auxiliares: Celso Pereira e Pedro Garcia

Sp. Covilhã- 1
Celso, Rui Morais, Edgar, Mauro, Pinheiro, Trindade (cap.), Nini, Carlos Manuel, (Jorge Humberto, ao interv), Tarantini, (Nini, 26), Moisés, (Nii Amo, 75), Marco Abreu, Paquito.

Treinador: João Cavaleiro

Portimonense- 1
Botelho, Evaldo, (Paulo Teix., 59), Márcio Teodoro, Duka, Morgado, Hélder Clara cap., Manuel do Carmo, (Edu, 56), Rodrigo Barata, Litera, (Rui Loja, 66), Artur Jorge Vic., Gil.

Treinador: Amílcar Fonseca

Ao Intervalo: 0-1

Marcadores:
Marco Abreu (15), Rui Loja (79).

Disciplina:

Amarelo: Hélder Clara (50), Moisés (20), Nini (36 e 57), Pinheiro (40), Marco Abreu (54), Jorge Humberto (66), Paquito (78 e 90). Cartão vermelho por acumulação a Nini (57) e Paquito (90).

 



Figura do jogo

Celso

Se há alguém responsável pelo ponto conquistado em Portimão, esse alguém é Celso. O guardião defendeu um penalti de Litera e levou ao desespero as bancadas do estádio algarvio ao efectuar mais duas mãos cheias de intervenções de alto nível.
Seguro e eficaz defendeu tudo o que havia para defender numa tarde de notável inspiração.

Tarde difícil no Algarve
Celso inspirado dá ponto ao Covilhã

Em Portimão, o Covilhã consegue pontuar com uma ponta de sorte e um guarda-redes "enorme". Celso defendeu quase tudo (até um penalti) e é o principal "culpado" do ponto "roubado" aos algarvios.


NC/Urbi et Orbi


João Cavaleiro bem pode agradecer a Celso pelo facto de regressar de Portimão com um ponto na bagagem. O guardião serrano foi uma autêntica muralha que adiou sucessivamente o golo dos algarvios até aos últimos minutos do encontro.
Cavaleiro tentou surpreender ao lançar na equipa titular Carlos Manuel e Tarantini e relegando para o banco Nini, titular em todas as partidas até então. Mas a tentativa de surpreender não resultou e foi mesmo a turma da casa a primeira a criar perigo. No entanto, o "show" de Celso começou cedo e, logo nos primeiros seis minutos, evita o golo a Gil e a Litera. Com um Covilhã preso de movimentos que não consegue sair para o ataque, o Portimonense parte para cima da área dos serranos. Por isso, é com alguma surpresa, e muito pouca justiça, que os covilhanenses se colocam em vantagem no primeiro remate feito à baliza de Botelho. Na sequência de um canto a bola sobra para Marco Abreu e o esquerdino, com a baliza praticamente aberta, não enjeita.
O golo teve o condão de soltar um pouco mais a equipa da Covilhã que, contudo, não consegue retirar o domínio da partida aos algarvios. Ainda assim, os forasteiros vão tentando o ataque e, sempre que conseguem chegar perto da área, põem em sentido Botelho e companhia

Expulsão de Nini faz recuar equipa

No início da segunda metade, e fruto de algum desnorte dos homens da casa, o Covilhã poderia ter chegado ao segundo golo, mas quer Moisés, quer Paquito, não acertam na baliza. O Portimonense recupera o controlo da partida e volta a massacrar a baliza de Celso que, porém, se mantém intransponível.
Aos 57 minutos, no entanto, tudo iria mudar: Nini, que entrou para o lugar de Tarantini, é expulso e o Covilhã perde atrevimento ofensivo e recua no terreno. Amílcar Fonseca aproveita para alargar a frente de ataque da sua equipa e manda subir os jogadores mais recuados. Mas acabaria por ser Rui Loja, saído do banco, a repôr a igualdade no marcador a 10 minutos do fim.
O resultado acaba por ser justo por tudo o que os algarvios fizeram duarante o jogo e pela excelente tarde de Celso. As duas formações seguem, com os mesmos pontos, na quarta e quinta posição, com vantagem para os beirões.
Na próxima ronda, domingo, 27, os "leões da Serra" recebem o Felgueiras, que apresenta um dos piores índices fora de casa: a turma de Manuel Correia soma três derrotas em três jogos e dois golos marcados contra sete sofridos. Ainda assim, convém não esquecer que os durienses vêm de uma vitória frente ao Desportivo das Aves e tem nas suas fileiras jogadores como Tulipa ou Cavaco, apesar de não poderem contar com o contributo do suspenso Cao.