"O papel é + paciente do que os homens"
Angústias, medos e desejos em reflexão
No âmbito da Mostra de Artes na Universidade
da Beira Interior,
esteve em exibição no Teatro-Cine da Covilhã uma peça
do grupo Histérico da Escola Secundária do Fundão.
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Por Andreia Ferreira
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Com a adaptação de textos de C. Virgil Gheorgiu, Álvaro de
Campos,
Bernardo Soares, Rui Nunes, Pedro Paixão, José Gomes Ferreira, Marguerite
Duras e Anne Frank, a peça "O papel é + paciente do que os homens"
demorou um ano lectivo a preparar. Envolveu uma grande componente de pesquisa, procura
e selecção de textos realizada por todos os elementos do grupo.
Com cerca de 30 espectadores na sala e num cenário de café, os seis
actores encarnaram o papel dos referidos escritores e ao som de Björk, Raimundo
Amador e Yale Klezmer Band, reflectiram as suas vivências, angústias,
medos e desejos, numa grande interacção com o público. A aceitação
do público tem sido, segundo o coordenador António Pereira "muito
boa". Na Covilhã o grupo só fez este espectáculo, mas
no Fundão foram feitas várias actuações ao longo de
uma semana, no café Aliança.
O desejo do coordenador era levar a peça a bibliotecas e cafés antigos,
mas por enquanto, será apenas apresentada em algumas mostras de teatro. Quanto
a projectos futuros, o grupo Histérico tem em agenda a preparação
de uma peça até Dezembro e outra para Junho do próximo ano.
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