Pela primeira vez, um seminário promovido pela RedeUnicre
realizou-se fora de uma capital de distrito
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Seminário sobre comércio
na Covilhã
"Quem não sabe sorrir, não
abra uma loja"
Novas técnicas de comércio
adaptadas às necessidades actuais foram apresentadas por vários
oradores durante o seminário para empresas comerciais que decorreu na Covilhã
na passada terça. Dinamizar o comércio covilhanense, em especial
o do centro da cidade é também um dos objectivos da Associação
Empresarial da Covilhã, Belmonte e Penamacor, promotora do evento a par
da RedeUnicre.
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Por Ana Maria Fonseca
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Cerca de 150 comerciantes covilhanenses participaram,
na passada terça feira, no seminário para empresas comerciais promovido
pela Associação Empresarial da Covilhã, Belmonte e Penamacor
(AECBP), em parceira com a RedeUnicre.
Durante o seminário, que teve lugar no Hotel Melia, foram abordados métodos
para dinamizar o comércio e adaptá-lo à nova realidade.
Miguel Bernardo, presidente da Associação Empresarial da Covilhã,
Belmonte e Penamacor, tem também um projecto para dinamizar o comércio
tradicional covilhanense, que apresentou durante o seminário.
"Vamos ter de provocar as mentalidades", afirma, referindo-se à
mudança de mentalidades que, no seu entender é o elemento essencial
para a concretização do projecto. O "Condomínio do Pelourinho",
um conjunto de quase 500 estabelecimentos, que pretende, numa articulação
com outras instituições cidade e aproveitando as próprias características
do centro histórico, trazer os consumidores às ruas.
"Se não conseguirmos trazer gente às ruas onde estamos, sem clientes
não há ambiente de loja que resista", defende.
A ideia será juntar vários tipos diferentes de comércio, serviços
e outras valias do centro da cidade. Assim, afirma Miguel Bernardo, "atraem-se
pessoas à cidade e conduz-se ao comércio pelo prazer".
Técnicas comerciais cada vez mais sofisticadas
Para que este projecto se concretize, Miguel Bernardo afirma que os comerciantes
têm de "perceber que é preciso uma relação colectiva
entre os estabelecimentos que estão numa mesma área, de forma a conseguir
atingir os objectivos que, no conjunto irão posteriormente beneficiar",
considera, acrescentando que "o concorrente de uma sapataria, por exemplo,
não é a loja que está do outro lado da rua, mas outra, que
está noutro local", explica.
Marta de Almeida, docente da Escola de Comércio de Lisboa falou da criação
de ambientes nas lojas, algo que cada vez está mais sofisticado para enfrentar
a concorrência. Para esta docente faz todo o sentido e é, até
a primeira análise do comércio, o provérbio chinês que
diz "quem não sabe sorrir, não abra uma loja".
Além de outros oradores que trouxeram ideias para uma Lufada de ar fresco
no comércio covilhanense, Luís Faria, da Confederação
do Comércio e Serviços de Portugal, apresentou um fundo de solidariedade
para os empresários do comércio. Um fundo dirigido aos comerciantes
mais idosos e com reduzidos descontos na segurança social que complementará
as pensões atribuídas pela Segurança Social.
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