Jorge Fael defende que a taxa de recolha de resíduos sólidos não deve constar na factura da água
CDU contra taxas do lixo
Queixa pode chegar à Provedoria de Justiça



Por Ana Maria Fonseca


A CDU poderá enviar uma queixa à Provedoria de Justiça referindo-se à actuação da Câmara da Covilhã que vai acrescentar à factura da àgua, taxa de recolha de resíduos sólidos, a partir de Novembro.
A CDU diz que a Câmara quer fazer lucro com as taxas de recolha dos resíduos sólidos e está, por isso, em desacordo com a junção desta taxa à factura da água.
Baseando-se num parecer da Provedoria de Justiça que prevê que o fornecimento de água esteja dissociado de outras taxas, como esgotos ou taxas do lixo, afirmam que "caso a Câmara não acate o Parecer da Provedoria procederemos, ao envio de uma queixa para a Provedoria da Justiça". Jorge Fael, da CDU covilhanense esclarece que "a queixa não tem a ver com a taxa de recolha de resíduos sólidos, uma vez que a lei prevê esta taxa, mas com o facto de considerarem que "é à autarquia que cabe este serviço público, tal como assegurar o fornecimento de água".
Os comunistas defendem que esta tarifa não visa atingir nenhum objectivo ambiental e é social e economicamente injusta, "pelo que tudo faremos para a sua abolição", garantem, acrescentando que é uma taxa que "trata por igual quem tem recolha de lixo diária e quem a tem apenas duas vezes por semana".
"Faremos tudo para que a câmara não aplique esta tarifa e vamos ver como o SMAS actuará perante os cidadãos", garante Jorge Fael, acrescentando que "até por uma questão de transparência e de saber quanto se paga por cada serviço, é importante que haja diferentes facturas para cada um dos serviços".