Por
Alexandre Silva
O rock está,
definitivamente, na moda. Principalmente aquele que vai beber inspiração
aos clássicos como são os casos dos Strokes, dos Hives,
dos White Stripes, ou dos Vines. Agora surgem os Datsuns. Um quarteto
neo-zelandês (leram bem... neo-zelandês) que, à primeira
vista, pelo aspecto soturno do primeiro video e pelo visual dos moços,
até parece os Deep Purple em plena década de 70.
A música não engana ninguém. É o fruto de
uma ciência muito em voga de arqueologia musical que recupera quase
todos os elementos de uma estrutura que se pensava enterrada há
muito tempo. Não traz nada de novo à superfície.
Apenas os traços mais gerais que permitem reconhecer, ao longe,
momentos dos Purple, mas também dos AC/DC, dos Stooges ou de Thin
Lizzy.
Menos interventivos e politizados que outras bandas da mesma corrente,
os Datsuns abandonam a sua música ao hedonismo quase absoluto.
As canções não querem passar nenhuma mensagem em
especial. As letras são muito íntimas e egoístas.
Falam de coisas banais. Então o que os torna tão especiais?
Ninguém avança explicações. Por isso, o melhor
é mesmo ouvir repetidamente o registo dos rapazes até se
encontrar a resposta.