Depois do reconhecimento do Museu de Lanifícios da UBI como o melhor do
País, foi a vez de Elisa Pinheiro, directora deste espaço, receber
uma distinção pelo trabalho realizado na investigação
do passado da Covilhã e do espólio da indústria têxtil
que marca a história da cidade.
Elisa Pinheiro foi galardoada com uma medalha de mérito no dia em que a
Covilhã comemorou 132 anos, juntando-se ao diplomata João Rosa Lã,
ao médico Álvaro Pinto e ao actor Ruy de Carvalho, também
homenageados no passado domingo.
A docente e investigadora da UBI falou do seu trabalho e envolvimento com a história,
património e preservação da memória da Covilhã
ao longo dos anos como uma "consciente opção de intervenção
cívica voluntariamente assumida por sentir o quanto é gratificante
pertencer à comunidade covilhanense". A esta vontade de contribuir
para a comunidade, Elisa Pinheiro acrescenta o interesse da cidade, pejada de
memórias ligadas à indústria em toda a sua dimensão
temporal.
A investigadora não esquece o apoio daqueles que com ela têm trabalhado,
sublinhando que "se de algum mérito for o trabalho que desenvolvi,
deverá ser fundamentalmente atribuído às instituições
que em mim confiaram" e "devo receber esta medalha em nome de quantos
comigo têm partilhado tarefas, nomeadamente funcionários e colaboradores
do Museu de Lanifícios", referiu.
Na UBI, local instituição onde lecciona desde 1987, assinala o contributo
dos reitores e especialmente do actual, José Santos Silva "a quem
se deve, como uma das primeiras iniciativas, a abertura ao público em regime
normalizado do Museu de Lanifícios, em Abril de 1996 e a sua subsequente
dinamização e projectos de futuro", apontou.
"Interpreto esta distinção como um incentivo a uma participação
mais empenhada da minha parte na preservação do património
e memórias da Covilhã. É que elas constituem pilares em que
devem assentar as políticas de verdadeiro desenvolvimento sustentado",
concluiu a investigadora.
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