José Sócrates
Deputados do PS criticam Orçamento e PIDDAC
Distrito está mais pobre

O Orçamento de Estado 2003 e Piddac são um "pesadelo" para o distrito. É esta a leitura que os deputados do PS fazem. Os "rosas" questionam como é possível que por habitante, Castelo Branco receba 513 euros, enquanto que a média nacional é de 603.


Céu Lourenço
NC/Urbi et Orbi


"Este é sem dúvida um Orçamento de pesadelo para o distrito de Castelo Branco". A constatação é do deputado do Partido Socialista (PS), José Sócrates, relativamente ao Orçamento de Estado para 2003 e PIDACC. O auditório do Instituto Politécnico foi o local escolhido para, na segunda feira, 14, os eleitos pelo círculo eleitoral albicastrense tecerem duras críticas ao Executivo PSD/PP.
"Havia em todos nós um sentimento de que este OE não ía ser um sonho cor de rosa, mas não estávamos bem cientes que se passaria tão rapidamente para um exercício orçamental tão negativo e contrário aos interesses do distrito", considera o ex ministro do Ambiente. Segundo o deputado do PS "num distrito que tem indicadores de conforto e desenvolvimento inferiores à média nacional, vai-se investir somente 513 euros por habitante, enquanto que o investimento público é de 603 euros", o que leva a que a região tenha sofrido um corte de 28 por cento. Situação que leva a que, considera Sócrates, "o distrito fique ainda mais pobre relativamente à média nacional".
Bastante contundente, para o deputado "rosa" é "lamentável e deplorável a ausênsia completa da voz política dos dirigentes do PSD". "Não terão eles que dar voz aos cidadãos do distrito e expressão às suas reivindicações? Ou a fidelidade partidária serve para calar todas as consciências?", questiona Sócrates. As críticas, no entanto, não cessam por aqui. O político pergunta aos deputados social-democratas se "o distrito serve apenas para fazer visitas sociais de ocasião", "crónicas sociais de excursões à província" ou "é para falarem dos problemas e defendê-lo junto do Governo?".
"Este orçamento é a maior condenação do PSD ao nível distrital, representa que este partido não manda nada no Governo nem tem o minímo de influência política", remata José Sócrates.