Dia da Cidade
Acessibilidades em foco
No dia em que a Covilhã comemorou 132 anos, ganhou também a promessa
de um acesso à futura auto-estrada da Beira Interior que por aqui passará.
O protocolo de colaboração foi assinado entre a Câmara e
o Instituto de Estradas de Portugal, e presidido pelo secretário de Estado
das Obras Públicas.
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Por Ana Maria Fonseca
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O protocolo celebrado entre Câmara da Covilhã e IEP prevê a
construção de uma via de acesso à Auto-estrada com quatro
faixas de rodagem
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"Uma colaboração entre o poder central e local", nas
palavras do autarca covilhanense, Carlos Pinto, o protocolo assinado no passado
domingo, entre o Instituto de Estradas de ortugal e a Câmara da Covilhã,
resultará numa melhoria das acessibilidades, um dos pontos essenciais do
programa da autarquia assente em três pilares: "um forte investimento
público e desejo do aumento do investimento privado, a afirmação
do papel da Covilhã na região e no País, e uma atenção
cuidada aos mais necessitados através de uma política de forte componente
social", referiu Carlos Pinto.
A via que liga a Auto-estrada 23 à Covilhã terá quatro faixas
de rodagem e será um acesso indispensável que deverá estar
pronto dentro de um ano a um ano e meio.
O autarca apontou vários campos de acção programados para
os próximos anos e frisou a falta de verbas para alguns projectos, como
é o caso da conclusão do Complexo Desportivo ou do Centro de Artes.
Para o edil covilhanense "trata-se hoje de falarmos do bom governo. Nas juntas
de freguesia, nas Câmaras Municipais, na sede do Governo Nacional, da Comunidade
Europeia. Tudo se trata do bom governo. Governos que possam atender à solução
dos problemas que encaramos, dos governos que não se bloqueiem uns aos
outros, precisamos de governos que não empatem, que façam andar",
sublinhou, concluindo que "nada nos impedirá de levar a Covilhã
no caminho de um cada vez maior desenvolvimento".
Carlos Pinto referiu ainda o seu acordo em relação ao que considera
um dos pontos por que passa a afirmação da Covilhã. "Precisamos
de uma Covilhã forte e expressiva para a construção de um
Interior forte e de um reequilibro do nosso País.
O edil covilhanense considera a iniciativa lançada pelo Governo "muito
oportuna e pode ser a chave do futuro. Dois distritos, Castelo Branco e Guarda
têm aqui uma oportunidade de assumir uma razão colectiva de expressão
a vários níveis, de expressão económica e social mas,
essencialmente, de expressão política", referiu.
"Acredito muito na Comunidade Urbana e a Covilhã vai trabalhar com
humildade neste sentido", concluiu.
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Os homenageados. Da esquerda
para a direita, Elisa Pinheiro, João Lã, Álvaro Pinto
e Ruy de Carvalho
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Homenageados por mérito municipal
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João Rosa Lã, recebeu medalha de mérito municipal,
categoria ouro "como reconhecimento pela sua actividade ao serviço
da diplomacia portuguesa, contribuindo também para o prestígio
do concelho".
"Interpreto esta distinção essencialmente como o reconhecimento
da minha família, que há muitos anos aqui se radicou, aqui
fez a sua vida e contribuiu para o seu desenvolvimento económico,
participando nas questões da terra", referiu o embaixador
português em Espanha.
"Lembro todos os que aqui viveram e para os que aqui continuam, resistindo
e lutando para que a Covilhã se torne cada vez mais um pólo
de bem estar para as suas gentes e um atractivo para os de fora",
disse, acrescentando que "guardei sempre comigo esta condição
incontornável de covilhanense, onde aprendi valores e formei o
meu carácter. Estou ligado à cidade por vínculos
afectivos indestrutíveis que não desaparecem".
Álvaro Pinto não é
natural da Covilhã mas estabeleceu-se na cidade há 35 anos,
como urulogista do Hospital da Covilhã. Recebeu no passado domingo
a medalha de mérito municipal, categoria ouro, "como reconhecimento
pela actividade ao serviço da medicina e pela sua participação
cívica, contribuindo também para o prestígio do concelho".
Com 32 anos, o jovem médico realizou o seu sonho: criou o serviço
de urologia, apesar de algumas dificuldades que acabou por ultrapassar.
"Sinto-me um filho da Covilhã, vivo nesta cidade há
35 anos, mais de metade da minha vida, aqui criei o meus filhos, as minhas
raízes, arranjei os meus amigos", disse.
Elisa Pinheiro, docente e investigadora da
UBI foi galardoada com a medalha de mérito municipal, categoria
prata, "como reconhecimento pela actividade de investigadora e historiadora
e pela sua participação cívica, contribuindo também
para o prestígio do concelho".
A investigadora encarou o prémio como um reconhecimento pela sua
"desinteressada intervenção na Covilhã. O meu
trabalho e envolvimento com a história, património e preservação
da memória desta cidade, impuseram-se natural, como uma consciente
opção de intervenção cívica, voluntariamente
assumida por sentir o quanto é gratificante pertencer à
comunidade covilhanense. É que uma cidade como a Covilhã,
com uma história tão marcante, não só a nível
nacional como europeu, impõe-se a quem consiga apreendê-la
e vivê-la na sua dimensão temporal de passado, presente e
futuro", referiu.
O actor Ruy de Carvalho
recebeu a medalha de mérito municipal, categoria prata, "como
reconhecimento pela actividade artística ao serviço da cultura,
contribuindo também para o prestígio do concelho".
"Vivi no coração da Covilhã, no Pelourinho e
daqui ainda não saí. O meu coração mantém-se
cá, nunca mais me esqueci da Covilhã e desejo que todos
os sonhos e projectos, tudo o que está para ser feito nesta terra
seja um exemplo para o nosso País, afirmou, acrescentando que o
seu trabalho tem sido feito "para vós e para todos os portugueses.
Sentir que as pessoas gostam do que eu faço é para mim motivo
de grande regozijo. Que a Covilhã continue a ir em frente e cada
vez mais longe", concluiu.
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