Por
Alexandre Silva
Depois de, em 2001, ter lançado Gold,
seria de esperar que o seguinte disco de Ryan Adams mantivesse o mesmo
traço de genialidade. Aquela atitude de quem apareceu para salvar
o Rock da tão anunciada morte que ameaça sempre mas nunca
chega. Tal não aconteceu.
Demolition, o terceiro trabalho do norte-americano, não é,
no entanto, um mau disco. Longe disso. Simplesmente não chega aos
calcanhares de Gold. Ou seja, falta-lhe aquele carácter de imprescindível,
de incontornável.
Ainda assim, Demolition é um título agradável. Se
as músicas mais "rockeiras" como "Nuclear"
ou "Gimme a sign" ficam algo aquém das de anteriores
álbuns, o mesmo não se pode dizer das baladas "Desire"
ou "Jesus" e dos arranjos bluegrass em "Chin up, cheer
up".
Inicialmente previsto para conter 60 temas divididos por quatro discos
(ufffa), Demolition é uma compilação de sessões
de estúdio gravadas durante e depois da edição de
Gold e nunca antes editadas. Nas palavras do próprio autor, "trata-se
de um best of de discos nunca lançados".
Não tendo a envolvência do seu predecessor, Demolition consegue,
porém, a espaços, intoxicar os ouvintes com momentos de
rara beleza.
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