Renunciar à alimentação
em cantinas e bares e ao alojamento nas residências universitárias
da UBI durante 24 horas é a forma de protesto organizada pela Associação
Académica da UBI (AAUBI) contra os aumentos destes serviços agendada
para dia 23 de Outubro.
Um boicote aos serviços prestados pelos Serviços de Acção
Social da UBI (SASUBI) que passa por prescindir quer da alimentação,
nos bares e nas cantinas da instituição, quer do alojamento, no caso
das residências universitárias. Para concretizar esta acção
a AAUBI vai apelar aos alunos que adiram a esta forma de boicote, prescindindo destes
serviços durante as 24 horas do dia 23, quarta feira.
Uma acção que pretende, segundo Ana Cruz, presidente da AAUBI, mostrar
que os preços praticados por estes serviços não são
os mais justos.
Para colmatar as faltas que se avizinham caso os alunos adiram em massa a este protesto,
a AAUBI está a organizar formas de providenciar alimentação
e também alojamento "a preços mais justos" dos que os actualmente
praticados pelos SASUBI.
O objectivo passa por mostrar "desta forma simbólica os nossos problemas
e tentar sensibilizar as pessoas para esta situação".
A medida vai também de encontro ao que saiu do último Encontro Nacional
de Direcções Associativas (ENDA) realizado na Universidade do Algarve
durante o passado fim de semana, onde várias universidades decidiram aderir
ao protesto de forma idêntica, embora em datas distintas.
"Será um trabalho conjunto, algo que não é só visto
por nós como viável, mas por todo o movimento associativo", refere
Ana Cruz.
Ainda durante este ENDA foram planeadas várias iniciativas que "não
serão manifestações, mas sim medidas pontuais e conscientes".
O objectivo será dar a entender que "não são os estudantes
com o seu dinheiro que têm de pagar o que é dever do Estado, na construção
de um projecto de futuro que é cada um dos estudantes. Achamos que neste
momento o Estado não está a apoiar essa construção",
salienta.
Há também outras medidas previstas, relacionadas com questões
com que "sempre nos debatemos porque não é esta fase mais complicada
que nos esquecemos desses problemas", conclui.
Contas indefinidas
Durante a Assembleia Geral de Alunos (AGA), realizada na passada quarta feira,
9, foi apresentado o balanço das contas da anterior direcção.
Ana Cruz diz que o relatório elaborado a pedido da actual direcção
por um técnico oficial de contas aponta para uma dívida na ordem
dos 44 mil euros. A esta alegada dívida da anterior direcção
a várias entidades somam-se cerca de 18 mil euros "de movimentos durante
o mês de Maio", refere.
Agora, actual e anterior direcção vão reunir-se para refazer
as contas num grupo de trabalho e apurar os valores efectivos. "A situação
não ficou esclarecida", afirma Ana Cruz, acrescentando que este balanço
financeiro "deixa-nos numa situação complicada".
Na mesma AGA foi acrescentado um artigo ao código da praxe que prevê
que alunos com três matrículas de cursos de quatro anos possam fazer
parte de milícias".
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