Vera Costa explicou perante um auditório repleto
de alunos, a força da imagem nos dias de hoje
|
Vera Costa fala sobre Marketing
Uma questão de imagem
O papel fundamental da imagem nos dias que
correm foi o tema central da conferência proferida na passada quinta feira
pela publicitária Vera Costa.
|
Por Ana Maria Fonseca
|
|
|
Perante um anfiteatro
cheio, Vera Costa falou da imagem, da sua importância, das suas várias
vertentes e da sua estreita relação com o conceito de marketing, na
passada quinta feira, 10.
"A UBI é um belíssimo produto mas não tem imagem de marca
a nível nacional", apesar de ser "um produto bem implementado,
e bem marketizado localmente", disse Vera Costa sobre a universidade que não
conhecia e que a surpreendeu "pela qualidade das instalações,
do ensino e dos docentes".
Para esta publicitária dona de um já vasto percurso pelo marketing
em termos nacionais, a vantagem em projectar a imagem da UBI a nível nacional
seria um benefício para os alunos que aqui se formam. "Sabemos que se
a imagem tiver uma boa projecção nacional, ter uma licenciatura na
UBI é uma mais valia", refere.
Sobre a relação dos portugueses e das empresas portuguesas com o marketing,
Vera Costa acredita que os portugueses são "maus a planear" mas
"peritos em tudo o que é improviso", refere e acrescentando que
para trabalhar uma boa imagem de marca é "absolutamente necessária
uma planificação dessa imagem".
Vera Costa defende que num universo comercial, se as empresas têm um destinatário,
têm de ser conhecidas e têm de ter uma imagem. "Por trás
do conhecimento há sempre uma representação mental do que é
essa empresa. Portanto a imagem é absolutamente essencial, mesmo que seja
uma imagem a nível regional, por exemplo", salienta.
Quanto à crise no sector têxtil regional, Vera Cruz refere dois aspectos
que considera fundamentais. Por um lado a perda de competitividade pelo baixo índice
de produtividade nacional e pela concorrência de regiões como a Ásia
e a Europa Central em termos de mão de obra mais barata e, por outro a falta
de criação por marcas.
" Não há marcas portuguesas no sector têxtil. Produzimos
os tecidos, exportamos, mas sem marca. Compramos roupa no estrangeiro e depois vemos
a etiqueta e diz made in Portugal. Mas a rentabilidade da venda desse produto, não
está no fabrico do produto em si, mas sim na venda ao consumidor. E esse
diferencial a favor da empresa que tem a marca, é o que dá o lucro
e é enorme", sublinha.
Vera Costa afirma que em Portugal "não soubemos fazer o marketing dos
nossos próprios produtos" e que essa falha advém também
de um "certo espírito familiar por trás das empresas que não
se preparam para um mundo muito competitivo e sofisticado", conclui.
|
|
|