Moisés, marcado por dois adversários, tenta ganhar nas alturas

Ficha do Jogo

Campo de Jogos Estádio José Santos Pinto (Covilhã)
(06-10-2002)


Árbitro: Isidoro Rodrigues (Viseu)
Auxiliares: andré Cunha e Castaínça

Sp. Covilhã- 0
Celso, Rui Morais, Edgar, Mauro, Pinheiro, Trindade (cap.), Nini, Moisés, Marco Abreu, Hermes, Paquito, Nii Amo (ao intervalo), André Cunha (57) e Roni (75).
Treinador: João Cavaleiro

Penafiel- 0
João Viva (cap.), Pedro Moreira, Bruno Costa, Gama, Everton (86), Marafona, Miguel, Bruno Amaro, Sena (ao intervalo), Márcio Luís, Sardinha, Naddah, Moura (88) e Sandro.
Treinador: Jorge Amaral

Ao Intervalo: 0-0

Disciplina: cartão amarelo a Bruno Amaro (44) e Marafona (89).


Figura do Jogo:
Trindade
O veterano capitão dos leões justificou o porquê da sua consecutiva titularidade. Esteve em todo o lado, a atacar e a defender. Foi o motor que empurrou a equipa para a frente e teve nos pés, quase ao caír do pano, duas das mais flagrantes ocasiões para marcar. Um verdadeiro exemplo de sacrifício e abnegação.

Covilhã segue no grupo da frente
Penafiel rouba pontos no Santos Pinto

Frente a um super-defensivo Penafiel, o Covilhã trabalha muito mas não consegue concretizar. A turma de Cavaleiro segue na quarta posição, no encalço dos "grandes" da II Liga.

Alexandre Silva
NC/Urbi et Orbi


Bem se pode queixar de falta de sorte o Sporting da Covilhã. João Cavaleiro apostou numa equipa voltada para o ataque, com dois homens de área (Paquito e Hermes) apoiados por um meio-campo de tendência ofensiva com Nini, Moisés, Trindade e Marco Abreu. Mas nem assim conseguiu "derrubar" a muralha ultra-defensiva montada por Jorge Amaral.
O técnico do Penafiel, no final do encontro, dizia à imprensa que o seu conjunto "jogou melhor, foi mais equipa e criou as melhores oportunidades", mas a verdade não podia estar mais longe das declarações do treinador dos minhotos. É que os rubro-negros andaram "às aranhas" durante 90 minutos, nunca conseguiram impôr o seu jogo, raramente incomodaram Celso e limitaram-se a defender com quantos homens tinham. Enfim, justificaram no Santos Pinto o porquê de andarem pelos últimos lugares da tabela. Aliás, o domínio durante todo o tempo de jogo pertenceu à equipa da casa. Ainda antes de se ter expirado o primeiro minuto, já os "leões da Serra" tinham, por duas vezes, levado o perigo junto da baliza de João Viva. O caudal ofensivo tinha só um sentido e, até ao intervalo, só por uma vez (40 m) os penafidelenses conseguem ameaçar as malhas de Celso.

Nem com três avançados

Para a segunda parte, Cavaleiro lança em campo Nii Amo por troca com Nini, em claro sub-rendimento. Mais tarde, Moisés dá o seu lugar a André Cunha e o Covilhã passa a jogar com três pontas-de-lança. Contudo, o meio-campo ressente-se, perde consistência e deixa de municiar o ataque pelo que, Cavaleiro vê-se obrigado a mexer novamente na estrutura da equipa, sob pena de o Penafiel equilibrar as operações. A 15 minutos do final Rony entra para o lugar de Hermes, faz umas fintas bonitas, ganha alguns lances no um-para-um, mas também não consegue desequilibrar. Já perto do final, o Covilhã arranca com tudo para cima dos nortenhos, mas nem assim consegue contrariar a estratégia delineada por Jorge Amaral. Trindade, por duas vezes de meia distância, vê o guardião Viva desviar os seus remates e evitar o golo. Depois é Nii Amo que, de primeira, remata poucos centímetros ao lado e, já em tempo de descontos, André Cunha volta a pôr à prova os reflexos do guardião penafidelense.
Por tudo o que fez dentro de campo, o nulo é um castigo muito pesado para o Covilhã e um prémio tão imerecido como lisonjeiro para os nortenhos. A arbitragem de Isidoro Rodrigues, por seu lado, não merece qualquer reparo.
A II Liga regressa apenas a 20 de Outubro. O Covilhã, que segue na quarta posição a apenas dois pontos do líder Salgueiros, viaja a Portimão para defrontar o conjunto local ainda a recuperar de uma derrota na Vila das Aves (3-2).